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As autoridades da Turquia ordenaram a prisão de uma dezena de ativistas de direitos humanos, entre eles a diretora da ONG Anistia Internacional no país, Idil Eser.
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As detenções ocorreram em um workshop de ativistas, que estavam em um hotel de Buyukada, uma das ilhas de Istambul, no Mar de Mármara. Os ativistas foram levados a uma delegacia na noite de ontem (5) e, de acordo com fontes locais, ainda não puderam se reunir com seus advogados.
Além da diretora da AI e de outros sete ativistas, também foi preso o proprietário do hotel onde o evento ocorria. Entre os detidos, estão dois estrangeiros, um alemão e um sueco.
"É um grotesco abuso de poder que evidencia as precárias condições que os ativistas de direitos humanos precisam enfrentar no país", denunciou o secretário-geral da AI, Salil Shetty, exigindo que os ativistas sejam "liberados imediatamente, sem condições".
No mês passado, o presidente da ONG na Turquia, Taner Kilic, foi detido e ainda permanece na prisão.
As autoridades do país o acusam de ligação com a rede do clérigo Fethullah Gulen, quem Ancara aponta como o articulador de uma tentativa falida de golpe de Estado em 2016.
Desde a tentativa de golpe, em 15 de julho, mais de 50 mil pessoas foram presas e 150 sofreram suspensões ou foram exoneradas de cargos públicos. (ANSA)