© Marcelo Hide / Fotos Públicas
As férias de julho deste ano sairão mais caras para os pais, mostra pesquisa divulgada nesta quinta-feira (6) pelo Ibre-FGV (Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas).
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Os preços de produtos e serviços mais procurados entre julho de 2016 e junho de 2017 subiram 4,78%, superando a inflação média acumulada no período, medida pelo IPC (Índice de Preços ao Consumidor) da FGV, que variou 3,44%. As informações são da Agência Brasil.
O economista e coordenador do IPC do Ibre, André Braz, ressaltou, entretanto, que em comparação com a média de inflação registrada na mesma época do ano passado, que se situou entre 8,5% e 9%, a inflação foi menor este ano. "Este ano, já veio pela metade. O levantamento mostra que a inflação está, de fato, desacelerando", disse Braz.
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Apesar da desaceleração em comparação ao ano passado, o resultado apurado supera a inflação média. Juntando-se as despesas com alimentação e serviços relacionados às férias, observa-se uma diferença de um ponto percentual desfavorável às despesas.
André Braz analisou que "o grande vilão" nas férias de julho são os serviços, porque alimentação pouco subiu. A alta atingiu 0,63% no grupo de alimentos mais consumidos pelas crianças. "Os alimentos não vão ser um obstáculo para o orçamento das férias, embora alguns alimentos ainda apresentem alta, como bolos, biscoitos e pães, que subiram bastante em 12 meses e superam a inflação".
Os reajustes apurados pelo Ibre-FGV alcançaram 13,51%, para bolo pronto; 11,21, pão de forma; e 7,47%, biscoitos. "Subiram bastante em 12 meses e superam a inflação. Mas quando a gente junta outros itens alimentícios, essa inflação cai para menos de 1%."
Quando se analisam os serviços, verifica-se, porém, que a situação se inverte. Teatro subiu 14,85% em 12 meses; show musical, 12,07%; cinema, 6,47%, por exemplo. "Serviços continuam sendo um desafio para as férias, com aumentos que superam a inflação média". Destaque foram as passagens aéreas que subiram 15,44%. Quem deixou para comprar em cima da hora, deve ter estranhado o preço, mais elevado que no ano passado, comentou o pesquisador do Ibre.
Para driblar a alta de preços, o economista recomendou que os pais usem a criatividade e o lazer oferecido nos grandes centros, como parques, museus, zoológicos. Lembrou que estes espaços costumam sempre fazer promoções nesta época do ano, com entrada franca ou mais em conta.
"Tem que criar uma agenda desses lugares e abusar desses espaços que são divertidos e ótimos passatempos e aprender que férias são um negócio que não foge do calendário. Estão sempre lá".
André Braz sugeriu que os pais juntem "uma grana" com antecedência para dar um reforço no orçamento para essas primeiras férias do ano. Se isso não foi possível, destacou que a economia pode começar a ser construída para as férias longas, de verão. "Ao longo dos próximos meses, junte um pouco de dinheiro para enfrentar a carestia e poder passar umas férias um pouco mais tranquilo", recomendou o economista. Com informações da Folhapress.