© REUTERS / Charles Platiau
Ao redor do mundo, a Itália é conhecida pelas suas belas paisagens, sua gastronomia, sua cultura, seu design e, sem dúvida, pela moda de alta qualidade que é traduzida nas inúmeras marcas e grifes italianas. Por isso, o país está presente em qualquer evento do universo fashion e a Semana de Alta-Costura de Paris não poderia mostrar o contrário.
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De domingo (2) a esta quinta-feira (6), várias maisons do país da bota mostraram suas coleções únicas e exclusivas na capital francesa. Mais conhecida pelos amantes da moda, a marca Schiaparelli teve a arte como sua principal inspiração.
Muitas das suas peças, principalmente blazers e vestidos invocavam grandes artistas, como Pablo Picasso e Georges Braque. A coleção contou com cores vibrantes, muitas estampas cubistas e gráficas e padrões xadrez em vestidos longos ou em conjuntos de blusas bem modeladas, e às vezes com transparências, e saias longas plissadas ou com babados.
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Outro desfile que teve destaque foi a Armani Privè. Para esta coleção, o italiano Girogio Armani foi contra o que foi apresentado nas últimas semanas de moda e mostrou peças com uma cara mais de inverno. Assim, os tons dos looks foram mais escuros, sóbrios e pesados.
A coleção reuniu a alfaiataria, presente nos blazers e calças perfeitamente construídos, aos vestidos de festa e apresentou uma mulher que está preparada para as estações mais frias do ano sendo sexy e de nenhuma maneira vulgar.
Cores como preto, azul, roxo e rosa dominaram as passarelas em peças que brincavam com transparências, babados e motivos florais mais darks.
Em evento paralelo, o Atelier Versace também brilhou nesta edição da Semana de Alta-Costura de Paris. Na coleção, a principal inspiração da estilista Antonella Versace foram looks apresentados pela própria maison no final da década de 1990 e que tinham uma pegada medieval.
Por isso, não faltou ouro e outros tons metálicos nas peças, seja em conjuntos e calças que pareciam armaduras brilhantes ou em luvas pretas compridas e bordadas. O efeito duro e pesado dos looks foi perfeitamente suavizado com o uso de fendas, algumas transparências e cores como nude, azul-acizentado, rosa claro e até branco.
A alfaiataria também teve espaço na coleção em belos casacos brancos.
Já a Valentino seguiu o caminho contrário. Ao invés de trazer peças mais justas no corpo, o diretor-criativo da grife, Pierpaolo Piccioli, trouxe roupas maxi e largas. A inspiração da coleção veio de um tema já abordado pelo italiano: os hábitos de monges.
As roupas monásticas retratadas em quadros do pintor espanhol Francisco de Zurbáran apareceram estilizadas nas passarelas. Os looks contam com casacos oversize, sobreposições e vestidos com fendas e transparências em cores fortes e modernas, como vermelho, azul marinho, rosa fúcsia e bebê e verde.
Por fim, outro desfile de maison italiana que deve ser comentado foi o da Fendi, que aconteceu já nesta quarta-feira (5). O renomado estilista Karl Lagerfeld uniu dois universos que pareciam que não deveriam ser misturados: o floral e o das peles.
Nas passarelas, as modelos usaram e abusaram em looks que uniam transparências, cores forte e vivas, como azul turquesa, rosa e roxo, aplicações florais e muita pele em saias, casacos, vestidos, em sua maioria curtos, e até em ankle boots. (ANSA)