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Em vez de orientar (ou até mesmo punir) quem pratica o bullying, tentar mudar a vítima. Essa foi a estratégia seguida por uma escola de Cuiabá, no Mato Grosso, segundo denúncias da mãe de uma aluna. Conforme postagem de Nayara Oliveira no Facebook, a menina de 11 anos vem sofrendo abuso de colegas por causa do cabelo crespo.
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De acordo com a denúncia da mulher, o coordenador da Escola Municipal Constância Figueiredo Palma Bem Bem, Carlindo Rodrigues, teria sugerido à ela, por telefone, que "desse um jeitinho" no cabelo da filha para evitar os abusos.
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"Uma vergonha que, em dias de hoje, em pleno século 21, aconteça um tipo de preconceito às crianças", se indigna a mãe na rede social. Segundo o texto, o coordenador teria até dispensado a aluna das aulas, antes das férias, para que "ela não sofra com os colegas". Rodrigues negou, ao G1, que teria orientado a mãe a "ajeitar o cabelo da filha", mas admitiu tê-la aconselhado a melhor a autoestima da filha.
"A aluna está passando por uma situação de constrangimento na sala de aula, por causa do cabelo. A conversa informal com a mãe foi para melhorar a autoestima da menina", contou ao site. A Escola Municipal Constância Figueiredo Palma Bem Bem informou ainda que inseriu projetos curriculares obrigatórios para combater o bullying.
"Minha filha chega em casa chorando que não aguenta mais tanto preconceito, racismo, vindo do lugar onde deveria receber orientação sobre os valores da vida", segue o desabafo materno. A mulher garantiu que entrará com processo judicial contra a escola.