Após 4 anos, Cade deve concluir investigação de cartel

Há suspeita em 15 concorrências, com contratos que somam R$ 9,4 bilhões

© Reuters

Economia parecer 08/07/17 POR Estadao Conteudo

Quatro anos depois da denúncia, o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) está prestes a concluir as investigações sobre o cartel em obras do Metrô de São Paulo. O Estado/Broadcast apurou que a Superintendência-Geral do Cade deverá apresentar até agosto o parecer final sobre o caso.

PUB

Há suspeita de cartel em 15 concorrências, com contratos que somam R$ 9,4 bilhões. Entre as licitações supostamente fraudadas estão a construção da Linha 5-Lilás, a extensão da Linha 2-Verde do Metrô e a manutenção, reforma e modernização de trens da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), além de concorrência para aquisição de carros de trens pela companhia. A suspeita é de que as empresas teriam dividido licitações e combinado preços e estratégias.

O caso também é investigado criminalmente - cabe ao Cade apenas a apuração das condutas prejudiciais à concorrência. Em maio, a Justiça Federal de São Paulo abriu ação contra nove suspeitos de envolvimento no esquema.

A tendência é de que seja pedida a condenação da maior parte das empresas envolvidas. São investigadas 18 empresas e há provas robustas da participação de várias delas no que o órgão chama tecnicamente de "cartel hardcore", em que houve conluio institucionalizado, permanente e com troca de informações consistentes entre os participantes.

Depois do parecer da superintendência, o caso vai então a julgamento pelo plenário do Cade. A previsão de fontes que acompanham o caso é de que as empresas sejam condenadas a pagar multas altas, entre 15% e 20% do faturamento no Brasil na área de atuação em que o cartel foi cometido.

O cartel do Metrô é um dos principais processos em curso no conselho. Foram ouvidas mais de 70 testemunhas na investigação, que teve início em 2013, depois de o órgão assinar um acordo de leniência com a multinacional alemã Siemens, que denunciou o esquema de fraude em licitações.

O conluio teria funcionado, pelo menos, entre 1998 e 2013. Alcançou, além do Metrô de São Paulo, obras no Distrito Federal, Minas, Rio Grande do Sul e Rio. Outras empresas, além da Siemens, teriam participado do cartel, entre elas a Alstom e a Bombardier.

Procurada, a Siemens não se manifestou sobre o caso no Cade. A Alstom disse que não pode se pronunciar sobre um inquérito que está em curso. Já a Bombardier afirmou que não vai se posicionar, pois não foi notificada formalmente de qualquer decisão do Cade.

PARTILHE ESTA NOTÍCIA

RECOMENDADOS

fama Luto Há 18 Horas

Morre o cantor Agnaldo Rayol, aos 86 anos

esporte Peru Há 20 Horas

Tragédia no Peru: relâmpago mata jogador e fere quatro durante jogo

mundo Loteria Há 21 Horas

Homem fica milionário depois de se esquecer do almoço em casa: "Surpreso"

fama Televisão Há 19 Horas

'Pensava que ia me aposentar lá', diz Cléber Machado sobre demissão da Globo

politica Tensão Há 21 Horas

Marçal manda Bolsonaro 'cuidar da vida' e diz que o 'pau vai quebrar' se críticas continuarem

lifestyle Alívio Há 21 Horas

Três chás que evitam gases e melhoram a digestão

fama Luto Há 21 Horas

Morre o lendário produtor musical Quincy Jones, aos 91 anos

fama Saúde Há 20 Horas

James van der Beek, de 'Dawson's Creek', afirma estar com câncer colorretal

tech WhatsApp Há 21 Horas

WhatsApp recebe novidade que vai mudar forma como usa o aplicativo

mundo Catástrofe Há 19 Horas

Sobe para 10 o número de mortos após erupção de vulcão na Indonésia