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O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso confirmou ter sido procurado pelo presidente Michel Temer, para um encontro, com o objetivo de discutir a crise política brasileira e a iminente saída do PSDB do governo.
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FHC disse ainda que está analisando a possibilidade, já que tem uma viagem marcada para a Europa, nos próximos dias. Em caso positivo, a reunião deve ocorrer até a próxima terça-feira (11).
Ele considera que a situação do país é grave, mas alega que não antecipará uma posição antes de o partido tomar uma decisão.
De acordo com informações da jornalista Andréia Sadi, do portal G1, Temer voltou da Alemanha, nesse sábado (8), onde participou de encontro do G20 - grupo que reúne as 19 maiores potências econômicas do mundo mais a União Europeia -, com a missão urgente de tentar barrar o desembarque dos tucanos, que já têm uma reunião de emergência agendada para debater o assunto, nesta segunda-feira (10).
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De acordo com interlocutores do Planalto, eles estão cada vez mais convencidos de que o melhor é "abandonar o barco", o quanto antes. Nos últimos dias, a ideia tem ganhado força. O presidente interino do PSDB, senador Tasso Jereissati (CE), chegou a afirmar que a saída da sigla é inevitável, enquanto o também tucano Cássio Cunha Lima considerou que o atual governo está "no início do fim".
O ex-presidente, embora cauteloso sobre a saída ou não de Temer, demonstrou concordar com a posição de Jereissati. "Não tenho como antecipar a posição do partido. Mas ele expressou sentimento da Câmara, sentimento da sociedade, mas não o de todos os governadores".
Fernando Henrique também voltou a falar sobre a possibilidade de antecipação das eleições, após uma renúncia de Temer.
"Precisamos pensar no país, não só no governo. Temer precisa conversar com as grandes forças políticas do país, não só o PSDB. Ainda vejo em Temer a possibilidade de promover uma trégua nacional, sem conchavos, renunciando e antecipando eleições. Mas só com a aprovação da reforma política com a cláusula de barreira", afirmou.
Do lado de Temer, a preocupação é conseguir manter os tucanos na base do governo, ainda mais em um momento extremamente delicado para ele, quando precisa de votos contra a denúncia de corrupção passiva da qual é alvo, de autoria do Ministério Público Federal.