© Ueslei Marcelino / Reuters
Peritos da Polícia Federal reforçaram em documento enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF) que a gravação feita entre o empresário Joesley Batista e o presidente Michel Temer não sofreu cortes ou edição.
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De acordo com informações do G1, o documento foi enviado à Corte na última sexta-feira (7) após questionamento dos advogados do presidente de que a perícia não teria respondido a perguntas específicas da defesa.
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"Considerando-se todas as técnicas aplicadas na realização dos exames, não foram encontrados elementos indicativos de que a gravação questionada tenha sido adulterada em relação ao áudio original, sendo a mesma consistente com a maneira em que se alega ter sido produzida. Em especial, não foram encontrados elementos indicativos de que a gravação tenha sido adulterada por meio da inserção artificial de ruídos ou amostras saturadas", diz o texto.
Segundo a perícia, o gravador deixou de registrar 6 minutos e 21 segundos de áudio. De acordo com o texto, as descontinuidades "são compatíveis com as decorrentes da interrupção no registro das amostras de áudio por atuação do mecanismo de detecção de pressão sonora do equipamento gravador".
O laudo produzido pelos peritos Paulo Max Gil Innocencio Reis e Bruno Gomes de Andrade tem 14 páginas e foi feito após notificação do ministro Edson Fachin, relator da Operação Lava Jato na Corte.