© Valentyn Ogirenko / Reuters
O Conselho Europeu ratificou nesta terça-feira (11) a adesão da Ucrânia à União Europeia, sendo o "último passo" formal para a entrada de Kiev no bloco econômico.
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De acordo com um comunicado divulgado hoje, a "plena implementação" da associação ocorrerá a partir de 1º de setembro e pretende fomentar uma "relação próxima e de longo prazo sobre todas as principais políticas".
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Nesta quarta(12) e quinta-feira (13), os principais líderes da União Europeia estarão em Kiev para uma reunião de alto nível, que incluirá o presidente do Conselho, Donald Tusk, da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, e a alta representante para a Segurança e Política Externa, Federica Mogherini.
É esperado que o presidente ucraniano, Petro Poroshenko, também participe dos debates.
Desde novembro de 2014, a Ucrânia e a UE tem um acordo de cooperação econômica e, a partir de janeiro de 2016, foi implantado o pacto de zona livre de comércio. Há exatos 30 dias, também entrou em vigor a isenção de vistos para os cidadãos europeus e ucranianos.
A parceria entre União Europeia e Ucrânia é um dos principais pontos que acabou levando o território à um conflito civil, que se arrasta até hoje e que provocou uma série de sanções aos russos.
Em novembro de 2013, a oposição ucraniana começou uma onda de manifestações contra o governo por conta do adiamento de uma votação de adesão de Kiev ao bloco econômico. À época, os opositores afirmaram que a decisão inesperada do governo era resultado de uma forte pressão dos russos - já que Moscou queria que o país aderisse a um "bloco" econômico que reunia as ex-repúblicas soviéticas. O então presidente Viktor Yanukovich começou a ser muito pressionado pelos seus cidadãos.
Em fevereiro de 2014, Yanukovick retomou as negociações com a União Europeia. No entanto, ainda naquele mês, o presidente foi afastado por um impeachment. À época, os movimentos separatistas aproveitaram a confusão política e o território da Crimeia decidiu se separar da Ucrânia, sendo anexado posteriormente pela Rússia, e diversas áreas começaram a um conflito armado.
As regiões de Donetsk e Lugansk enfrentam até hoje conflitos localizados e a situação continua instável, com acusações de que a Rússia está por trás das ações. Por conta disso, a União Europeia e os Estados Unidos impuseram sanções a Moscou por conta da anexação da Crimeia, em uma situação que não parece ter uma solução política próxima. (ANSA)