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Os países membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) aumentaram a produção em junho, mesmo com a extensão de um acordo de redução na oferta, que está em vigor até março de 2018. Em seu relatório mensal, o grupo afirmou que a produção avançou 393,5 mil barris por dia (bpd), para uma média de 32,611 milhões de bpd.
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A alta ocorreu devido a uma forte expansão da produção na Arábia Saudita, que avançou 51,3 mil bpd em junho, para 9,950 milhões de bpd. Líbia e Nigéria, que estão sendo pressionados para começarem a cortar sua produção, também registraram aumento na oferta. A produção da Líbia subiu 127 mil bpd, enquanto a da Nigéria avançou 96,7 mil bpd em junho. O Iraque também registrou aumento em sua produção, somando 60,6 mil bpd, a 4,502 milhões de bpd em junho.
Na contramão desse movimento, a exploração diminuiu na Venezuela, nos Emirados Árabes Unidos, Catar, Kuwait, Argélia, Equador e Gabão. Em junho, a produção de petróleo catariana caiu 1,2 mil bpd, para 618 mil bpd, em linha com o discurso do CEO da Qatar Petroleum, Saad al-Kaabi, que afirmou que o país continua comprometido com o acordo da Opep.
A organização manteve a previsão para alta da demanda mundial de petróleo em 2017 em 1,27 milhão de bpd. Já a demanda média pela produção do cartel neste ano está em 32,2 milhões de bpd. Os dados também passaram a incluir a Guiné Equatorial, que passou a fazer parte do cartel.
A Opep também estima que a produção de países de fora do grupo possa subir a 800 mil bpd este ano, 40 mil bpd a menos que a estimativa do mês anterior.