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A Prefeitura Regional de Pinheiros multou em R$ 5 mil o militante, de 23 anos, que teria pichado a residência do prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), na manhã deste sábado, (15). O rapaz, cujo nome não foi divulgado, é acusado de ter escrito a frase "SP não está à venda" no muro da casa de Doria, no Jardim Europa, zona oeste da capital paulista. A penalidade é prevista na lei antipichação, sancionada por Doria em fevereiro. Além da multa, ele chegou a ser preso e levado para o 14º Distrito Policial (Pinheiros), mas foi liberado por volta das 14 horas.
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Um foto da multa foi postada na página do prefeito regional de Pinheiros, Paulo Mathias, no Facebook. "Sabem o 'gênio' que pichou a casa do prefeito João Doria? Pois é, levou uma multa de 5.000 reais da prefeitura regional de Pinheiros", dizia a postagem.
Mathias afirmou que o manifestante receberá a multa no endereço residencial que informou às autoridades. Segundo ele, o processo sofrerá um "trâmite burocrático", mas que a penalidade está garantida porque o rapaz teria sido pego em flagrante pela Guarda Civil Metropolitana (GCM). "Eu acho uma vergonha de gente que não tem o que fazer, pessoas que querem fazer um confronto com o prefeito João Doria, o que não tem a menor necessidade", declarou. "Esse pessoal mais da esquerda perdeu um pouco de pauta, querem ter pauta, mas não tem problema, vão sofrer as sanções da lei."
Organizadora da manifestação durante a qual foi feita a pichação, a porta-voz do Levante Popular da Juventude, Natali Santiago, de 26 anos, afirmou que o militante preso ainda não foi informado da multa pela prefeitura regional. "(A multa) é um absurdo para a juventude, que tem nessa forma uma pressão, de resistência", disse ao Estado. "Eles estão denunciando de forma aleatória, pegaram o militante que estava no ato, aleatório, e estão usando ele para denunciar e criminalizar o movimento, mas ele não fez nada e não vai ser punido, pagar multa, nada disso."