'Somos um país do jeitinho', diz secretário sobre violência no Rio

Secretário se Segurança do Rio, Roberto Sá, atribui violência às leis e à falta de recursos

© Tomaz Silva/Agência Brasil

Brasil em entrevista 17/07/17 POR Notícias Ao Minuto

O secretário de Segurança do Rio de Janeiro, Roberto Sá, atribuiu a violência desenfreada no estado às leis e à falta de recursos. "Estou pagando um preço caro enfrentando o que estou enfrentando", afirmou o titular da pasta, em entrevista ao Fantástico, da Rede Globo.

PUB

"Se soubesse que essas tragédias se sucederiam com essa crueldade e frequência e que hoje eu estaria dessa forma, tentando explicar o que a polícia pode melhorar, com tamanha escassez de recursos e o Brasil vivendo essa tragédia moral, eu acho que estaria em casa vendo o programa de vocês (Fantástico) e torcendo, rezando muito para que quem estivesse ali (no comando da Secretaria de Segurança) tivesse um equilíbrio para aguentar essa pressão toda", argumentou Sá.

Ele ainda acrescentou que tem cobrado da polícia a diminuição de confrontos. Mudanças na legislação para reduzir penas também estão entre os objetivos do secretário. "Nós somos um país da lei que não pega, um país do jeitinho, da impunidade, campeão de linchamento. Somos um país onde o preso não é preso; é preso, mas responde em liberdade", opinou Sá.

+ Dos 225 presos fugitivos de presídios do AM, 78 ainda seguem foragidos

O secretário ressaltou a proposta feita para o Ministério da Justiça. "Solicitei ao orgão para dobrar todas as penas de quem possui, porta, comercializa ilegalmente e trafica armas de fogo", afirmou, acrescentando que, além disso, também propôs o cumprimento de uma pena maior para a pessoa ter o beneficio de progressão de regime quando comete um crime violento contra a vida.

Questionada sobre a situação atual em que vive o Rio de Janeiro, o secretário foi sucinto. "Às vezes sim, não é muito comum, mas uma das coisas que tem me permitido dormir um pouco é a certeza de que estou me doando como jamais fiz na minha carreira. Tenho uma carreira policial muito digna, longa e com muitas experiências", finalizou.

A falta de recursos também está entre os principais motivos da violência no estado, segundo Sá. Ele explicou que não há condições de colocar um policial extra para pagar um regime adicional de serviço. Em 2015 e 1016, enfatizou, a situação era completamente diferente. "O secretário (José Mariano) Beltrame (que esteve no comando da secretaria até outubro do ano passado), botava 500 policiais, mil policiais porque tinha dinheiro sobrando".

PARTILHE ESTA NOTÍCIA

RECOMENDADOS

fama Luto Há 20 Horas

Morre o cantor Agnaldo Rayol, aos 86 anos

esporte Peru Há 23 Horas

Tragédia no Peru: relâmpago mata jogador e fere quatro durante jogo

mundo Loteria Há 23 Horas

Homem fica milionário depois de se esquecer do almoço em casa: "Surpreso"

fama Televisão Há 21 Horas

'Pensava que ia me aposentar lá', diz Cléber Machado sobre demissão da Globo

politica Tensão Há 23 Horas

Marçal manda Bolsonaro 'cuidar da vida' e diz que o 'pau vai quebrar' se críticas continuarem

lifestyle Alívio Há 23 Horas

Três chás que evitam gases e melhoram a digestão

fama Saúde Há 23 Horas

James van der Beek, de 'Dawson's Creek', afirma estar com câncer colorretal

tech WhatsApp Há 23 Horas

WhatsApp recebe novidade que vai mudar forma como usa o aplicativo

mundo Catástrofe Há 22 Horas

Sobe para 10 o número de mortos após erupção de vulcão na Indonésia

fama Óbito Há 16 Horas

Detalhes sobre o funeral de Liam Payne são divulgados