© Fernando Donasci / Reuters
Um dia depois de ser condenado pelo juiz Sérgio Moro, a 9 anos e meio de prisão, Lula já dava o seu recado: "Se alguém pensou que com essa sentença me tiraria do jogo, pode saber que eu estou no jogo", bradou o petista, durante pronunciamento no último dia 13.
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E o ex-presidente não tardou a agir. Em uma caravana, que durará cerca de 20 dias, ele percorrerá o Nordeste brasileiro, priorizando cidades do sertão. É desta forma que o político deve começar sua agenda de pré-candidato à Presidência da República, já no próximo dia 16 de agosto.
O petista deve viajar, da Bahia até Sergipe, de ônibus, junto com a sua comitiva e contando com o apoio de alguns prefeitos e governadores da região aliados. Ricardo Coutinho, da Paraíba, Jackson Barreto, de Sergipe, e Camilo Santana, do Ceará, já mantiveram contato com Lula.
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Será o primeiro grande ato do ex-presidente, após condenação por crime de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. A sentença se refere ao caso do triplex no Guarujá (SP).
Dirigentes do PT, integrantes do Instituto Lula e líderes políticos trabalham na definição do roteiro. Os municípios que receberão o petista ainda não estão confirmados.
De acordo com informações da coluna Painel, da Folha de S. Paulo, a equipe de Lula se animou depois da decisão da presidente do Superior Tribunal de Justiça, Laurita Vaz, também na semana passada, que em liminar sustentou que só após veredito unânime em segunda instância um condenado pode começar a cumprir pena.
Enquanto isso, os advogados do ex-presidente apostam na absolvição, alegando que os argumentos do juíz são frágil. "Nós da defesa do ex-presidente Lula reiteramos a indignação com a sentença, que não apenas condena o réu sem provas, mas, principalmente, desconsidera as provas da inocência dele", afirmou Cristiano Zanin Martins, quando da condenação.