© Agência PT / Lula Marques
Além de trabalhar em uma agenda positiva, para os próximos dias, e de se reunir com empresários, na tentativa de tranquilizá-los sobre o andamento das reformas tributária e previdenciária, o presidente Michel Temer também se encontrou com aliados, nesse fim de semana, com o objetivo de traçar uma estratégia para enfraquecer o procurador-geral da República, Rodrigo Janot.
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O objetivo é livrar-se de uma segunda denúncia, desta vez por obstrução de justiça, baseada nas delações da JBS. Temer já foi denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) pelo crime de corrupção passiva e o processo está previsto para ir à votação, no plenário da Câmara, no dia 2 de agosto.
E a tática do governo não para por aí. De acordo com informações do jornalista Gerson Camarotti, do portal G1, Temer espera a apresentação dessa outra possível denúncia para tentar levar o caso ao plenário do Supremo Tribunal Federal.
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"O procurador-geral teria de ter apresentado uma única denúncia baseado na gravação [de Joesley Batista, dono da JBS]", disse um auxiliar de Temer, questionando a legalidade do desmembramento do caso.
Os aliados do governo também têm disseminado e fortalecido o discurso de que o atual chefe do Ministério Público Federal (MPF) protagoniza uma perseguição política contra Michel Temer.
O ministro Antônio Imbassahy, da Secretaria de Governo, confirmou, após encontro com o presidente, no último sábado, que Temer tem se mostrado indignado com a denúncia e alega que ela não tem "razoabilidade".