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A 'Mensagem', integrada pelo ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo; e pelo governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro, entre outros, lançou o deputado federal, Paulo Teixeira (SP), na disputa pelo comando da legenda ocorrida em novembro. Apesar de apresentarem uma evolução de votos em comparação com a última eleição interna, o grupo de Teixeira ficou em segundo lugar, atrás de Rui Falcão, reeleito para o comando da legenda.
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Antes da disputa, a 'Mensagem' ocupava a secretaria-geral do partido, tido como o segundo posto na linha hierarquia do PT. Após a reunião desta quarta-feira, a cadeira passou a ser do deputado federal licenciado Geraldo Magela (DF), que é da corrente 'Movimento PT', que apoiou a candidatura de Falcão.
A Executiva do partido também será composta pelo deputado federal José Guimarães (CE), como vice-presidente; Clarissa Cunha (RJ), no posto de segundo vice-presidente; Jorge Coelho (SP), como terceiro vice-presidente; Gleice Andrade (MG), como quarto vice-presidente; e Alberto Cantalice (RJ), como quinto vice-presidente.
"O grupo que apoiou do Rui ficou com as principais posições da Executiva, tesouraria, secretaria-geral, de organização, de comunicação, de mobilização e quatro vices presidências", lamentou Paulo Teixeira, que deixou o local da reunião antes que terminasse. "Acho que é um começo que não sinaliza, internamente no PT, para um equilibro de uma gestão coletiva e para a própria revisão interna que o PT carece. Na nossa tradição deveríamos escolher o segundo cargo, que seria a secretaria-geral", acrescentou.
As queixas de Teixeira são as mesmas do deputado Henrique Fontana (RS), integrante da 'Mensagem'. "Quando alguém tem maioria, deve, evidentemente, exercer essa maioria com muita prudencia e equilíbrio e nossa expectativa era ver o Paulo Teixeira na secretaria-geral. Dito isso, não muda nosso compromisso com a reeleição da presidente Dilma", declarou Fontana.
Questionado sobre as declarações dos integrantes do partido, Rui Falcão afirmou que elas fazem parte da "liberdade de expressão" dos membros do diretório. "Não é meu papel comentar opinião de dirigentes que se expressaram. Isso faz parte da vida do PT", disse.