© REUTERS/Julien de Rosa
O chefe do Estado-Maior do Exército francês, Pierre de Villiers, anunciou sua renúncia ao cargo nesta quarta-feira (19), devido a uma sequência de atritos com o presidente Emmanuel Macron após críticas feitas pelo militar. "Nas circustâncias atuais, considera não estar mais em condições de assegurar a perenidade do modelo de Exércitos, em que acredito, para garantir a proteção da França e dos franceses, hoje e amanhã, e apoiar as ambições do nosso país", escreve o general em comunicado.
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Após a eleição de Macron, as Forças Armadas da França sofreram um corte no orçamento deste ano no valor de 850 milhões de euros em um contexto geral de reduções para 2017.
Por sua vez, Villiers fez duras críticas à decisão. "Sempre velei, desde a minha nomeação, por manter um modelo de Exército que garanta a coerência entre as ameaças que pesam sobre França e Europa, as missões do nosso Exército que não param de aumentar e os meios orçamentários necessários para cumprir com eles", acrescentou. "Assumi minha responsabilidade, apresentando, neste dia, minha renúncia ao presidente da República, que a aceitou", finalizou o comunicado do general, que ocupou o cargo por três anos e meio. A renuncia ao cargo do Exército da França acontece pela primeira vez desde 1958. Durante o Conselho de Ministros, em Paris, foi decidido que o o substituto de Villiers será o general Francois Lecointre. (ANSA)