© Reuters / Ueslei Marcelino
Com a viagem de Michel Temer nesta quinta-feira (19/7) para a Argentina, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), assumirá o Palácio do Planalto até sexta-feira. A relação entre os dois anda estremecida desde que a denúncia por corrupção passiva contra o peemedebista chegou à Câmara, no fim de junho.
PUB
Primeiro na linha sucessória, Maia se distanciou de Temer nas últimas semanas. No início de julho, na semana que antecedeu a votação na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e em que o nome do democrata começou a ser aventado como alternativa a Temer, Maia viajou para fora do País e evitou assumir o Palácio do Planalto durante a viagem do presidente à reunião do G-20, para Alemanha.
Nesta quinta, o presidente da Câmara vai permanecer no Brasil, mas talvez embarque para o Rio. Das outras vezes em que assumiu a Presidência, Maia chegou a despachar do gabinete de Temer.
Mal-estar
O último foco de atrito entre os dois aconteceu esta semana, depois de Temer tentar atrair para o PMDB parlamentares do PSB que negociam a migração para o DEM. Para desfazer o clima de desconfiança, o presidente jantou na terça-feira com Maia e outros parlamentares na residência oficial da presidência da Câmara.
Nesta quarta, os dois tiveram um novo encontro no Palácio do Planalto. A interlocutores, Maia chegou a se queixar de falta de “lealdade” do governo.
+Valério sobre Aécio: 'levava 2% dos contratos do BB desde os anos 90'