Fair play da Uefa pode atrapalhar negócio de PSG com Neymar

Segundo a legislação da entidade que comanda o futebol europeu, um clube só pode gastar com futebol na temporada até 5% a mais do que faturar em receitas do futebol

© Mike Segar / Reuters

Esporte impasse 22/07/17 POR Folhapress

À medida em que Neymar mantém conversas para trocar o Barcelona pelo Paris Saint-Germain, surgem dúvidas se o clube francês poderá finalizar a operação sem descumprir as regras do fair play financeiro impostas pela Uefa: é nelas que os catalães se apoiam para mostrar confiança na permanência, e elas também são vistas como um obstáculo pelo estafe do jogador.

PUB

De acordo com a legislação da entidade que comanda o futebol europeu, um clube só pode gastar com futebol na temporada até 5% a mais do que faturar em receitas do futebol. Esse número pode ser ampliado para, no máximo, até 30% além do do total de receitas, isso se os donos do clube injetarem os valores correspondentes a esse excedente para tampar o prejuízo.

+ Após derrotas na última rodada, quatro treinadores são demitidos

A receita anual do PSG gira em torno de 500 milhões de euros (520 milhões de euros na última temporada, 480 milhões de euros na penúltima). Pelas regras do fair play, o clube pode gastar na temporada até 5% mais do que isso -algo em torno de 520 milhões a 550 milhões de euros, incluídos entre essas despesas todos os gastos com o time, contratações, salários, luvas, premiações e outros. Com um aporte dos donos, esse número poderia aumentar para cerca de 650 milhões de euros, no máximo.

Sem a injeção de capital, a multa rescisória de 222 milhões de euros de Neymar, sozinha, é quase metade do que os franceses, em tese, poderiam gastar na temporada; mesmo com os donos do clube cobrindo o buraco, ela equivaleria a um terço do orçamento total para o futebol do PSG. A isso ainda se se somam impostos, eventuais luvas e os salários de um ano pagos a Neymar.

Descontados todos os custos da "operação Neymar", o PSG teria que, com o que restasse, arcar com todos os salários de seu elenco recheado de estrelas como Cavani, Di Maria, Thiago Silva e Verratti, além de outras novas contratações: os parisienses negociam com Alexis Sanchez, do Arsenal, em um negócio que pode chegar a 50 mihões de euros, além de altos salários.

Para contratar Neymar, o PSG não precisa só de dinheiro, mas também de um encaixe financeiro que não acarrete no descumprimento das regras da Uefa. Isso poderia passar por um aumento de receitas, ou por um formato de negócio onde o clube não seja quem paga a multa rescisória do reforço.

O PSG já foi punido por descumprir as regras em 2014, e foi obrigado a reduzir gastos com transferências e salários, teve redução no número de inscritos na Liga dos Campeões e precisou abrir mão de parte da premiação na competição europeia. Com informações da Folhapress.

PARTILHE ESTA NOTÍCIA

RECOMENDADOS

fama Harry e Meghan Markle Há 17 Horas

Harry e Meghan Markle deram início ao divórcio? O que se sabe até agora

economia Carrefour Há 23 Horas

Se não serve ao francês, não vai servir aos brasileiros, diz Fávaro, sobre decisão do Carrefour

economia LEILÃO-RECEITA Há 23 Horas

Leilão da Receita tem iPhones 14 Pro Max por R$ 800 e lote com R$ 2 milhões em relógios

politica Investigação Há 17 Horas

Bolsonaro liderou, e Braga Netto foi principal arquiteto do golpe, diz PF

fama Vídeo Há 16 Horas

DiCaprio é acusado de 'comportamento desrespeitoso' em hotel

esporte Redes Sociais Há 17 Horas

Neymar rebate declaração de Rodri sobre Vini Jr: 'Virou falador'

fama Documentário Há 17 Horas

Diagnosticado com demência, filme conta a história Maurício Kubrusly

brasil Brasil Há 23 Horas

Consumo de produtos ultraprocessados causa 6 mortes por hora no país

fama Richard Gere Há 23 Horas

Richard Gere fala de nova vida na Espanha: "Estou na melhor fase"

esporte Opinião Há 21 Horas

Rodri vê Vini Jr. como um dos melhores do mundo, mas cobra evolução: 'Tem coisas a melhorar'