© Ueslei Marcelino / Reuters
Entre a cruz e a espada, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), tem tentado fugir da pecha de traidor de Michel Temer. À medida em que via a possibilidade de assumir o cargo mais importante do país, já que é sucessor imediato ao Palácio do Planalto até 2018, o manto de fidelidade do deputado ao presidente ia se desfazendo.
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Seria "um inferno", teria dito Maia a pessoas próximas caso a queda de Temer fosse confirmada e assumisse a presidência. Para fugir das más línguas, novas posturas do parlamentar foram perceptíveis. Começou com os principais interlocutores: os deputados Heráclito Fortes (PSB-PI), Benito Gama (PTB-BA) e Fernando Monteiro (PP-PE).
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De acordo com informações da Folha de S. Paulo, Maia, alvo de dois inquéritos no Supremo Tribunal Federal (STF), precisou reduzir os encontros que tinham como foco o pós-Temer, na residência oficial dele, além de se afastar de parlamentares da oposição. Um dos episódios que mais contrariaram o presidente da Câmara, relatou a reportagem, aconteceu nos últimos 15 dias: o assédio de Temer aos dissidentes do PSB e os recados caso assuma o Planalto.