A nutrição é um campo sobre o qual todo mundo parece ter um palpite e no qual há especialistas e pesquisadores para dar recomendações muitas vezes contraditórias. Apesar da confusão, existem certas regras que podem estar completamente erradas. O Independent falou com a nutricionista Rhiannon Lambert que indicou os cinco grandes mitos na nutrição, que é comum as pessoas acreditarem e qual a verdade em relação a eles:
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Faz mal comer muitos ovos. Muitas pessoas têm ‘medo’ de comer ovos porque são ricos em colesterol, um mito já derrubado por novos estudos. A especialista destaca que hoje se sabe que os ovos não só não aumentam os níveis de colesterol no sangue, como promovem o aumento do colesterol ‘bom’ (HDL). Além disso, há inúmeros estudos que demonstram que os ovos não estão associados com as doenças cardiovasculares. Os ovos são ricos em proteína, gorduras saudáveis, vitaminas, minerais e antioxidantes.
Os óleos vegetais são saudáveis. Estudos mostraram que as gorduras poliinsaturadas reduziam o risco de doença cardíaca e por isso muita gente passou a achar que todos os óleos vegetais, como o óleo de girassol, são saudáveis. A nutricionista destaca que importa destacar que existem diversos tipos de gordura poliinsaturadas, principalmente ômega 3 e ômega 6. Enquanto o ômega 3 está presente em peixes e animais herbívoros, as principais fontes de ômega 6 são os óleos de sementes e vegetais. Precisamos de ambos de forma equilibrada, mas a maior parte das pessoas consome pouco ômega 3 e muito ômega 6.
Os óleos de sementes e vegetais estão associados a um risco maior de doença cardíaca, especialmente porque quando são processados estão sujeitos a químicos tóxicos.
A carne faz mal. A carne altamente processada, sim, pode ter um impacto negativo na saúde, mas isso não quer dizer que toda carne seja ruim. Rhiannon Lambert destaca que não faz mal comer carne vermelha não processada e bem cozida uma vez por semana, uma vez que é rica em proteína e gorduras saudáveis, vitaminas e minerais.
Todas as calorias são iguais. Muita gente defende que para emagrecer só terá de criar um déficit de calorias. Ou seja, queimar mais calorias do que as que consome. Mas isso não é verdade, destaca a nutricionista. O que come é muito mais importante do que as calorias que consome. Independentemente das calorias, diferentes comidas têm efeitos diferentes no metabolismo. Muitas vezes é preferível consumir um alimento mais calórico desde que este promova uma maior saciedade ou acelere o metabolismo.
Comer gordura engorda. Há uns tempos defendia-se que para emagrecer era preciso optar por alimentos lights, reduzindo o consumo de gordura. Hoje sabe-se que isto é falso e que os alimentos lights estão na verdade cheios de açúcar para esconder a falta de gordura. Sendo, portanto, preferível consumir os alimentos com a gordura natural. Ainda assim, recomenda-se que aposte em fontes de gordura saudável, como peixes gordos, abacate, iogurte integral, nozes ou manteiga.