Luis Fonsi critica Maduro por adaptação de 'Despacito'

A adaptação foi divulgada pelo próprio mandatário, durante seu pronunciamento dominical na televisão

© REUTERS/Carlo Allegri

Fama Controvérsia 29/07/17 POR ANSA

O cantor porto-riquenho Luis Fonsi, um dos autores do hit "Despacito", criticou o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, por usar a música para promover sua Assembleia Constituinte.

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A adaptação foi divulgada pelo próprio mandatário, durante seu pronunciamento dominical na televisão, e fala sobre a eleição marcada para o próximo domingo (30). "Temos uma canção feita por um grupo de criadores. Ainda não a vi, mas vamos ver se ela passa no teste para viralizar", disse Maduro, que bate palmas ao som da canção.

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Em seu perfil no Twitter, Fonsi escreveu que gosta das versões de "Despacito" feitas ao redor do mundo, mas ressaltou que é preciso "haver um limite". "Em nenhum momento eu foi consultado ou autorizei a mudança da letra de Despacito para fins políticos, muito menos em meio à deplorável situação que vive um país do qual eu gosto muito como a Venezuela", disse.

Em seguida, o cantor acrescentou que seu hit não deve ser usado como propaganda para "manipular a vontade de um povo que está gritando por liberdade e um futuro melhor". A letra da canção, também assinada por Daddy Yankee, é repleta de referências sensuais, substituídas pelo governo venezuelano por palavras em apoio à Assembleia Constituinte.

"Tenho uma grande mensagem para você / Convoquei a Constituinte, que só quer unir o país / Despacito / Abra bem os olhos e veja seu povo / Estenda a eles sua mão hoje, amanhã e sempre/ Que são seus irmãos que estão na frente / Despacito / Exerça seu voto ao invés das balas / Venha com suas ideias sempre em paz e calma / E que a esperança brilhe em sua alma", diz a música adaptada pelo regime chavista.

A eleição da Constituinte está marcada para o próximo domingo, mas é criticada pela oposição, que acusa o presidente de querer se perpetuar no poder, e por parte da comunidade internacional, incluindo Brasil, Estados Unidos e União Europeia, que pedem para Maduro desistir da votação. Com informações da ANSA. 

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