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Fabricantes de vacina contra a febre aftosa no Brasil aceitaram fazer alterações na composição e no volume de dose de imunização da vacina, atendendo à demanda da cadeia produtiva. Segundo o Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Saúde Animal (Sindan), as mudanças vão acontecer em três etapas e deverão começar já no próximo mês. O processo será concluído até novembro de 2018.
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As mudanças na vacina foram solicitadas em documento que seis entidades do agronegócio encaminharam no dia 10 deste mês ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). O próprio ministério atribuiu a decisão do governo norte-americano de suspender a importação de carne brasileira à existência de abcesso causado pela aplicação da vacina contra a aftosa e determinou a exportação de carne fatiada para contornar o problema.
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Além do documento enviado ao Mapa, os produtores e as entidades representativas do setor agropecuário também se reuniram com as indústrias fabricantes. "Houve uma reunião na semana passada na qual foi reafirmada pelos produtores e pela indústria a necessidade de alterações no processo de produção da vacina, na dose e na forma de aplicação", diz o consultor de Defesa Sanitária da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Décio Coutinho.
Febre aftosa
O vírus da febre aftosa é altamente contagioso. O animal afetado apresenta febre alta, que diminui após dois a três dias. Em seguida, aparecem pequenas bolhas que se rompem, causando ferimento. A transmissão pode ocorrer por meio da ingestão de água e alimentos que estejam contaminados pela saliva de animais doentes. O vírus é resistente, podendo sobreviver durante meses em carcaças congeladas.
A previsão é de que todo o Brasil seja reconhecido como País livre de febre aftosa sem vacinação pela Organização Mundial da Saúde Animal (OIE) em 2023, como já ocorre com a área de Santa Catarina. Com informações do Portal Brasil.