© REUTERS/Isaac Urrutia
Os Estados Unidos anunciaram nesta quarta-feira (26) sanções contra 13 funcionários e ex-funcionários do governo da Venezuela por corrupção, pela violência em protestos opositores e pelo apoio à Assembleia Constituinte convocada pelo presidente Nicolás Maduro.
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Segundo o Departamento do Tesouro, eventuais bens que estas pessoas tenham nos Estados Unidos ficarão congelados. Além disso, elas estão proibidas de fazer acordos comerciais com cidadãos americanos.
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Dentre os funcionários afetados, estão os ministros da Educação, Elías Jaua, e do Interior, Néstor Reverol, e a presidente do Conselho Nacional Eleitoral, Tibisay Lucena, além do defensor público, Tarek William Saab.
As autoridades americanas ameaçaram tomar "ações econômicas fortes" contra o governo Maduro caso siga adiante com a Constituinte, cujos membros serão escolhidos em votação no domingo. (Folhapress)
As novas sanções vêm no mesmo dia em que a oposição venezuelana iniciou uma greve geral de 48 horas para expressar rechaço à Constituinte. Adversários de Maduro consideram que a Constituinte servirá para o líder chavista consolidar seu poder apesar de seus baixos índices de aprovação.
Em maio, os EUA já haviam anunciado sanções contra oito juízes do Tribunal Supremo de Justiça da Venezuela em retaliação à interferência da corte sobre o Legislativo. Em fevereiro, o governo americano puniu o vice-presidente venezuelano, Tareck el-Aissami, acusado de tráfico internacional de drogas.
Apesar das crescentes pressões de Washington contra Maduro, o governo de Donald Trump não impôs sanções contra as importações de petróleo da Venezuela, setor essencial da economia do país.
Desde abril, mais de 100 pessoas morreram em uma onda de saques e protestos na Venezuela. (Folhapress)