© Rovena rosa/EBC/FotosPúblicas
Uma ação policial da Guarda Civil Municipal (GCM) dispersou o fluxo de usuários da cracolândia concentrado na alameda Cleveland em frente à estação Julio Prestes de trem. De acordo com usuários de drogas, a confusão começou por volta das 18h dessa segunda-feira (31), quando guardas-civis mandaram desmanchar as barracas montadas na praça.
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Inibir a montagem de barracas é uma estratégia da polícia para sufocar o tráfico de drogas na cracolândia. A limpeza é feita duas vezes por dia com essa finalidade e um drone sobrevoa a área constantemente a fim de identificar os traficantes.
Os usuários obedeceram à ordem, mas mesmo assim a GCM invadiu o fluxo com bombas de efeito moral e gás lacrimogêneo. Guardas-civis tomaram a praça, onde ainda é possível ver algumas barracas montadas.
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Irritados, os usuários colocaram fogo em duas caçambas de lixo. O fluxo de dependentes químicos subiu a rua Helvétia e, armados com paus e pedras, usuários ameaçaram iniciar um arrastão na avenida Rio Branco. Foi quando a Força Tática da guarda chegou e eles se dispersaram.
O atendente de um posto de combustível disse que um grupo exigiu um galão de gasolina, mas foi embora com a chegada da polícia. O usuário Otavio Alan da Rocha disse que foi atingido por um cassetete no braço quando tentou recuperar sua mochila com documentos que ficou na praça. "Levantei a camisa para mostrar que não estava armado e eles me bateram mesmo assim."
Responsável pela GCM, a Secretaria Municipal de Segurança Urbana, da gestão João Doria (PSDB), foi procurada pela reportagem, mas ainda não se manifestou sobre o episódio.