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Com a libertação da cidade dos terroristas, as mulheres de Mossul podem mais uma vez comprar biquínis e roupas bonitas, que eram proibidos durante a ocupação do Estado Islâmico.
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Nos três anos de ocupação, a venda de roupas íntimas femininas foi proibida pelos terroristas, especialmente quando vendidas por homens. Os que vendiam eram multados por isso. O problema é que quase todos os vendedores do país são homens.
Teiba al Siraj, cidadã de Mossul de 22 anos, contou para a Sputnik Árabe que todas as lojas foram proibidas de pôr em suas vitrinas qualquer roupa para mulheres.
"Se alguém visse uma mulher comprando algo, então o vendedor era castigado com chibatada e tinha vários problemas", contou a residente. Além disso, segundo ela, os preços das roupas aumentaram, pois os terroristas cobriam lojas com impostos adicionais.
Sora, também entrevistada pela Sputnik Árabe, disse que mulheres tinham que comprar lingerie através de contrabandistas por preços elevadíssimos. Sora falou sobre uma mulher refugiada que abriu uma loja clandestina em sua própria casa.
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"Muitas mulheres tinham essas lojas e, claro, adicionavam taxas suplementares, pois sustentavam a família sem seus homens. Ao mesmo tempo, livravam-nos da necessidade de ir comprar roupas no mercado, onde se podia dar de cara com o EI", lembra Sora.
Agora, depois da derrota do EI, as lojas da cidade voltam abrir cheias de roupas femininas, onde as mulheres podem comprar sem ter medo de ser atacadas pelos terroristas. Com informações do Sputnik Brasil.