© Nacho Doce/Reuters
Apesar de o presidente interino do PSDB, senador Tasso Jereissati (CE), ter afirmado que não faz mais sentido o também senador Aécio Neves permanecer afastado da presidência da sigla, já que retomou suas funções políticas, a volta do mineiro segue dividindo opiniões no partido.
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Nesta quinta-feira (3), foi a vez de o prefeito de São Paulo, João Doria, defender a saída de Aécio, mesma posição do seu padrinho político, o governado Geraldo Alckmin. As informações são da jornalista Andréia Sadi, do portal G1.
"Em um gesto de grandeza, o senador precisa abrir mão da presidência. Precisamos renovar os quadros. Só assim vai conseguir se dedicar à sua defesa, até para conseguir provar sua inocência, e permitirá ao PSDB criar um horizonte vitorioso na eleição de 2018, no plano legislativo e no executivo", afirmou o prefeito.
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Doria também falou sobre a divisão do PSDB na votação da denúncia contra Temer. "Apesar da divisão, não houve enfraquecimento. Houve posicionamento. Fortalecidos também pelo fato de que os deputados que votaram contra a denúncia não vão sair do PSDB".
O mineiro foi afastado da direção da sigla após delações da JBS apontarem que ele havia recebido R$ 2 milhões em propina e teria agido para atrapalhar as investigações da Lava Jato.
Ele foi denunciado pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, ao Supremo Tribunal Federal (STF), pelos crimes de corrupção passiva e obstrução da Justiça. Jereissati ocupa interinamente a função.
Já entre os defensores de Aécio está o presidente Michel Temer, que contou com o apoio do mineiro nas articulações políticas antes da votação da denúncia contra o peemedebista, por corrupção passiva, no plenário da Câmara, nessa quarta-feira (2).