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O Ministério Público da Venezuela entrou com uma liminar em um tribunal de Caracas para suspender a posse da Assembleia Constituinte convocada pelo presidente Nicolás Maduro, marcada para esta sexta-feira (4).
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O anúncio foi feito por meio do perfil da Procuradoria no Twitter, e o pedido se baseia na "suspeita de que tenham sido cometidos crimes durante o processo eleitoral". O órgão é comandado pela procuradora-geral Luisa Ortega Díaz, uma dissidente chavista. De acordo com a programação do governo, a posse deve ocorrer às 11h (horário local) desta sexta-feira (4), simultaneamente a um protesto da oposição, que boicotou a Assembleia Constituinte e denunciou fraudes na eleição de seus 545 membros.
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A posse devia ter ocorrido na última quarta (2), mas acabou adiada por decisão de Maduro. Nesta quinta-feira (3), Díaz abriu uma investigação contra o Conselho Nacional Eleitoral (CNE), órgão responsável pelas eleições no país, por causa das acusações de irregularidades na votação de domingo passado (30).
Já no cenário internacional, o presidente da Argentina, Mauricio Macri, cobrou a suspensão "definitiva" da Venezuela do Mercosul.
A declaração foi dada dois dias antes de uma reunião dos ministros das Relações Exteriores do bloco para discutir eventuais punições a Caracas.
"Está se chegando a um consenso, na América Latina e também no mundo, contra o governo de Nicolás Maduro. Os direitos humanos dos cidadãos estão sendo violados todos os dias", disse. O encontro dos chanceleres do Mercosul será em São Paulo, e três dos quatro países fundadores do bloco (Argentina, Brasil e Paraguai) não reconheceram a Constituinte. Com informações da ANSA.