Maia quer suspender depoimento à PF em inquérito da Lava Jato

Oitiva está marcada para o próximo dia 8, quando presidente da Câmara deve falar sobre acusação de que receberia pagamentos da Odebrecht para aprovar medidas provisórias em benefício da empreiteira

© Ueslei Marcelino / Reuters

Política Investigação 04/08/17 POR Notícias Ao Minuto

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, está com depoimento à Polícia Federal (PF) marcado para o dia 8 de agosto, dentro das investigações da operação Lava Jato, com base nas delações da Odebrecht.

PUB

No entanto, ele quer suspender a oitiva, alegando que a data foi marcada no mês de julho, durante o recesso do Supremo Tribunal Federal (STF), o que teria prejudicado o exercício do direito de defesa.

"De forma alternativa, tendo em vista a oitiva aprazada para o próximo dia 8 de agosto e o exíguo prazo para análise do requerimento acima, e ainda, diante do recente retorno das atividades do Egrégio Supremo Tribunal Federal - sendo certo que a designação da data para sua oitiva ocorreu no mês de julho, ou seja, durante o recesso forense - portanto, a fim de evitar qualquer prejuízo ao investigado, requer suspensão da oitiva (...), o que não gerará qualquer dano para as investigações", diz trecho do documento assinado pelos advogados de Maia, Ary Bergher, Raphael Mattos, Bianca Ales e Danilo Bonfim.

+ Entenda por que a vitória de Temer pode beneficiar Lula e o PT em 2018

Além do problema referente à data do depoimento, o presidente da Câmara também pede o desmembramento do inquérito sobre a acusação de que teria recebido pagamentos para aprovar medidas provisórias em benefício da empreiteira. As informações são de O Globo.

A alegação da defesa se baseia na afirmação de um dos delatores, o executivo Cláudio Melo Filho, que disse que o atual presidente da Câmara nada fez para ajudá-lo. Por isso, os advogados de Maia solicitam que ele figure sozinho, em um inquérito separado.

“Tenho certeza absoluta que ele nada fez. Acho até porque não era do Estado dele. Não dizia respeito a ele. Era setor petroquímico. Mas depois, em uma conversa, como eu sabia que podia contar com ele em outra oportunidade, em uma conversa ele perguntou: "Cláudio, você tem como me ajudar? Ficou ainda um resto de campanha para pagar no Rio de Janeiro". Ele tinha sido candidato a prefeito em 2012. Eu aí falei com a empresa e dentro deste pacote acabou se estabelecendo e a gente fez uma contribuição no valor de R$ 100 mil a ele”, disse Cláudio Melo Filho, em trecho do depoimento de sua delação citado pela defesa de Maia.

Atualmente, além do presidente da Câmara, fazem parte do mesmo inquérito e da lista dos beneficiados pelos repasses da Odebrecht os senadores Romero Jucá (PMDB-RR), Renan Calheiros (PMDB-AL) e Eunício Oliveira (PMDB-CE), além do deputado Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA).

A decisão de aceitar ou não os pedidos caberá ao ministro Edson Fachin, relator dos processos da Operação Lava-Jato no STF.

PARTILHE ESTA NOTÍCIA

RECOMENDADOS

fama MC Mirella Há 22 Horas

MC Mirella expulsa os pais de casa: "Não quero mais morar junto"

politica Bolsonaro Há 20 Horas

'Vamos partir pra guerra': golpistas pediam 'orientação' a general próximo de Bolsonaro

fama Problemas de Saúde Há 22 Horas

Ator da Globo que pediu Pix é novamente internado

mundo Dominique Pelicot Há 22 Horas

Homem que permitiu estupros da esposa por 10 anos: 'Vou morrer como cão'

politica BOLSONARO-PF Há 13 Horas

PF indicia Bolsonaro e mais 36 em investigação de trama golpista

fama Gisele Bündchen Há 21 Horas

Grávida e radiante, Gisele Bündchen exibe barriguinha ao ir à academia

lifestyle Saúde Há 21 Horas

Quatro sinais de que você está consumindo açúcar em excesso diariamente

justica São Paulo Há 20 Horas

'Quem vai devolver meu filho?', lamenta pai de universitário morto em abordagem da PM

esporte Indefinição Há 13 Horas

Qual será o próximo destino de Neymar?

fama Ellen DeGeneres Há 16 Horas

De saída: Ellen DeGeneres e mulher abandonam os EUA