© Filipe Araujo
O ex-presidente Lula voltou a fazer duras críticas ao governo de Michel Temer, nesta sexta-feira (4), durante encontro com moradores, indígenas, entidades e empresários da Zona Sul de São Paulo.
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"Eles agora querem fazer economia, mas nunca cortando as coisas deles. O Temer acabou de gastar R$ 14 bilhões para se garantir no poder, que economia é essa? Em cima do feijão, dos direitos dos trabalhadores?", indagou.
"A gente colocou o pobre dentro da economia e ele deixou de ser problema e passou a ser solução. E o pessoal reclamava do Bolsa Família. É esmola para quem dá gorjeta de R$ 90 depois que enche a cara de uísque. Para uma mãe, você da R$ 100 e ela coloca comida na mesa para os filhos", ressaltou Lula.
O ex-presidente, condenado pelo juiz Sérgio Moro a 9 anos e meio de prisão, no mês passado, por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, no caso que envolve o triplex no Guarujá (SP), também voltou a se colocar como presidenciável para 2018, ao dizer que resolveria a crise do país. "Se eles não sabem como resolver o problema desse país, que deixem quem sabe resolver", concluiu.
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O petista preferiu tirar por menos a sentença do juiz federal, responsável pela Lava Jato em primeira instância, e manteve o discurso de otimismo. A decisão cabe recurso e o petista pode aguardar em liberdade.
"Minha mãe morreu analfabeta com 70 anos, mas nunca reclamava: ela sempre achava que no outro dia ia melhorar. Se eles acham que contando mentira a meu respeito vão me fazer abaixar a cabeça, eles não sabem o que é um nordestino que sobreviveu à fome com sete anos de idade", disse.