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Segundo a Fipe, o item Viagem/Excursão teve variação de 1,63% na primeira quadrissemana de dezembro (últimos 30 dias encerrados no sábado retrasado), contra 3,01% no fechamento de novembro. Os dados são do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) medido na capital paulista.
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Segundo a Fipe, as passagens aéreas também apresentaram alta um pouco menor na primeira medição deste mês (de 4,01%) contra a passada (de 4,64%).
Os números indicam que os preços não subiram como o esperado para esta época do ano, quando tradicionalmente ficam mais elevados por causa da demanda aquecida. Para efeito de comparação, na primeira leitura de dezembro de 2012, Viagem/Excursão registrou alta expressiva de 5,80%, enquanto as passagens aéreas tiveram aumento ainda maior, de 13,62%.
Para o coordenador do IPC-Fipe, o economista Rafael Costa Lima, a desaceleração nos preços dos itens de viagem pode estar relacionada ao desaquecimento da economia este ano. A expectativa do mercado financeiro é de que o Produto Interno Bruto (PIB) registre expansão de apenas 2,3% em 2013, conforme a mediana das expectativas da mais recente pesquisa do AE Projeções. Apesar de o número ser maior que o crescimento de 1,0% registrado em 2012, em dados atualizados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), ainda é considerado ruim pelos analistas.
Costa Lima lembra que o aumento dos gastos com viagens registrado em novembro estava bastante relacionado à pressão de custos das empresas, mas a desaceleração de agora pode estar ligada à demanda mais baixa. "Talvez os setores envolvidos imaginassem que a sazonalidade seria, de fato, favorável, mas aparentemente pode estar ocorrendo restrição de demanda. Então, as empresas seriam obrigadas a dar descontos para fechar os pacotes", avaliou.
Vestuário
Outro ponto fora da curva, lembrou Costa Lima, é o comportamento atual da inflação de roupas e acessórios. No levantamento da Fipe da primeira quadrissemana de dezembro, o grupo Vestuário desacelerou a 0,26%, após aumento de 0,34% no fechamento de novembro.
"É algo surpreendente (para a época do ano). Já esperávamos aceleração, mas desde novembro está vindo um pouco diferente, com altas menores", disse, acrescentando que o movimento também pode estar relacionado à baixa demanda, em razão da atividade enfraquecida. "Seria coerente com essa história. A economia não está indo de vento em popa", disse Costa Lima. Na primeira quadrissemana de dezembro de 2012, a taxa do grupo Vestuário foi de 1,77%, segundo a Fipe. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.