© Tomaz Silva/agencia Brasil
O ministro da Defesa, Raul Jungmann, reconheceu neste domingo, 6, que a megaoperação contra o roubo de cargas deflagrada no sábado, 5, no Rio, não teve um "resultado espetacular". Em evento na Base Naval de Niterói, na Região Metropolitana do Rio, o ministro classificou como "razoável" o que se obteve com a ação que prendeu 14 pessoas e apreendeu apenas três pistolas, na região de favelas do Complexo do Lins.
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A segunda fase da Operação Rio Quer Segurança e Paz mobilizou cerca de 5 mil agentes das Forças Armadas e das polícias Federal, Militar e Civil, além da Força Nacional de Segurança, e usou 71 blindados e outros veículos e até helicópteros.
"Não foi um resultado espetacular. Foi um resultado que eu considero razoável. Agora, existe uma coisa que se chama curva de aprendizagem. O que é importante é que nós vamos estar melhorando a cada operação, de forma que os resultados vão aparecendo com o tempo. Nós vamos construindo, cada vez mais, uma capacidade de inteligência, operacional e integrada. Fica evidente para a população do Rio que vocês não estão mais sós, nós estamos aqui", disse.
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Jungmann também informou que os responsáveis pela ação ainda não tiveram o "período de avaliação" da primeira operação, mas que até agora não foram identificadas "falhas maiores" nem vazamentos. Ele enalteceu "a conquista de demonstrar a surpresa" na operação e de integração das forças.
"Nós também tivemos uma grande conquista em termos de integração, com todas as forças policias e militares atuando de forma coordenada. Nós tivemos uma demonstração clara ao povo do Rio de Janeiro que nós viemos para ficar, mas que a estratégia é diferente. Não é apenas ficar todo o tempo no terreno patrulhando. Nós não queremos apenas o inibir o crime, queremos é desfazer, destruir, golpear a sua capacidade operacional de infundir medo, terrorismo e de gerar vítimas na população do Rio", declarou.
O ministro acrescentou que os "resultados virão com o tempo" e disse que a sensação de segurança no Rio vai ser ampliada "de forma continuada".
"Não prometemos mágica, não prometemos mudar do dia para noite. A população e o crime já sabem que não vai ter mais santuário, que não vai ter mais lugar onde o Estado e as forças policiais e militares não estejam", disse.