© Zeca Ribeiro / Câmara dos Deputados
O sistema usado pela empreiteira Odebrecht para pagamento de propinas, um software chamado MyWebDay, ainda não foi acessado pelos procuradores do Ministério Público Federal (MPF).
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De acordo com a coluna de Mônica Bergamo, do jornal Folha de S. Paulo, desta segunda-feira (7), a Suíça não compartilhou os dados do programa com o Brasil. A informação foi dada em resposta à pedido da defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para acesso ao material.
O arquivo foi descoberto quando uma funcionária do departamento de propinas da empresa foi presa, no ano passado. O ex-diretor da Odebrecht Hilberto Mascarenhas afirmou ter chave de acesso ao sistema. Num segundo momento, recuou e negou poder acessar o sistema.
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A expectativa era de que as planilhas do software revelassem pagamentos não só a políticos, mas também a membros do Judiciário, da diplomacia e de tribunais de contas. Até o momento, os comprovativos feitos pelo sistema, apresentados em delações, são de correspondências antigas trocadas entre diretores da empreiteira.
Os advogados de Lula querem acesso ao material por acreditarem que a divulgação dos dados pode reforçar a tese de que o ex-presidente não recebeu dinheiro da empreiteira.