Policiais encontraram uma planilha no computador de um membro do PCC (Primeiro Comando da Capital) que mostra a organização da facção criminosa para matar policiais e agentes penitenciários de São Paulo.
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Em uma dessas tabelas, os criminosos reservam R$ 150 mil para essa operação. Do total deste valor, pouco mais de R$ 133 mil já tinham sido gastos no monitoramento da rotina de um policial militar e dois carcereiros do sistema penitenciário paulista.
"É possível perceber os altos gastos com telefones, celulares, viagens, hospedagem, aquisição de veículos e de equipamentos de informática, tudo para pôr em prática e executar a tal 'sintonia da inteligência'", afirma em denúncia oferecida à Justiça o promotor Lincoln Gakiya.
Para a polícia, a intenção dos criminosos era simular latrocínios durante o assassinato dos agentes públicos. Com a prisão dos suspeitos pela polícia, o plano foi interrompido antes de ser posto em prática.
Em abril de 2017, uma reportagem da 'Band' revelou que um dos suspeitos envolvidos na quadrilha chegou a fazer um curso de detetive particular. Os investigadores descobriram que os criminosos usavam 'técnicas de inteligência' para levantar informações dos alvos.
No computador apreendido, a polícia encontrou fotos, mapas e informações sobre os alvos do PCC. Os criminosos sabiam inclusive que um deles estava em processo de divórcio da companheira.
"Este grupo é formado por criminosos mais qualificados e que contam com a confiança com a cúpula do PCC. Eles usam técnicas de inteligência para cumprir as missões ordenadas pela facção", explica Gakiya.