© Beto Barata/PR
Prevendo uma possível segunda denúncia por parte da Procuradoria-Geral da República (PGR), dessa vez por obstrução da Justiça, o presidente Michel Temer e seus advogados pediram, nesta terça-feira (8), ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin, a suspeição do procurador-geral da República, Rodrigo Janot.
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A expectativa, segundo fontes do Planalto, era de que o plano fosse suspenso, caso Janot desse sinais de que não agiria mais contra o presidente, até o fim do seu mandado à frente do Ministério Público Federal, que termina no próximo mês.
Os últimos acontecimento, no entanto, apontaram para uma tendência contrária, já que, na semana passada, o procurador-geral pediu a inclusão de Michel Temer e de dois de seus ministros, Eliseu Padilha, da Casa Civil, e Moreira Franco, da Secretaria-Geral, em um antigo inquérito, conhecido como "quadrilhão do PMDB", que investiga integrantes do partido na Câmara dos Deputados.
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Segundo o advogado de Temer, Antônio Cláudio Mariz de Oliveira, Janot "vem extrapolando os seus limites constitucionais e legais do cargo que ocupa".
A defesa deve apontar fatos que considera "heterodoxos" por parte do procurador-geral e lista, principalmente, dois: o crédito dado pela PGR à gravação apresentada pelo empresário Joesley Batista, de uma conversa com o presidente, sem pedir que o material fosse periciado antes; e ter se reunido com líderes do PSOL, antes da votação da denúncia contra Temer na Câmara, respondendo a um questionário apresentado pelos deputados do partido.
Os advogados do peemedebista afirmam que, como parte do processo, o procurador-geral não poderia falar com os juízes – no caso, os deputados, que julgariam se a denúncia poderia seguir no Supremo Tribunal Federal (STF).