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Continua suspensa, pela 12ª Vara Cível/Agrária de Minas Gerais, a ação movida pelo Ministério Público Federal (MPF) contra 22 pessoas, além das empresas Samarco, Vale, BHP Billiton e VogBR. O processo que os acusa - por crimes ambientais e por homicídios - pelo rompimento da Barragem de Fundão, da Samarco, foi suspenso, por tempo indeterminado, a pedido dos advogados de Ricardo Vescovi e Kleber Terra, em 4 de julho.
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A defesa dos dois alegou que houve quebra de sigilo telefônico - com as conversas analisadas pela Polícia Federal e usadas pelo Ministério Público Federal (MPF) na denúncia. No entendimento do juiz Jacques de Queiroz Ferreira, a solicitação procede, segundo despacho assinado no dia 4 de julho e publicado pela Vale no último dia 14. Advogado que defende a Vescovi e Terra, Paulo Freitas reforçou ao G1 que também considera as interceptações telefônicas ilegais.
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O MPF contestou a decisão e pediu às companhias telefônicas envolvidas para esclarecer as informações. Até que haja resposta, o processo fica parado. Conforme o Estadão, a decisão da Justiça sobre a negociação de um acordo entre os acionistas da Samarco, o MPF, a União e os estados do Espírito Santo e Minas Gerais continua válida. Segundo a Vale, as tratativas continuam para chegar a uma solução final. O prazo para finalização do acordo é 30 de outubro.
No final de 2015, o rompimento da Barragem do Fundão, localizado em Minas Gerais, causou aquela que é considerada a maior tragédia ambiental do País. Os dejetos contidos na barragem atingiram a foz do Rio Doce, a costa do Espírito Santo e chegou até a afetar o litoral sul da Bahia.