© Ueslei Marcelino / Reuters
O presidente Michel Temer (PMDB) defendeu nesta terça-feira, 8, a aprovação, que classificou como "imperiosa", da reforma da Previdência entre as medidas de reequilíbrio das finanças públicas. "Num País em que o déficit previdenciário chegará neste ano a R$ 184 bilhões e deve alcançar R$ 205 bilhões em 2018, se não fizermos essa reforma, será dificílimo enfrentar os próximos anos", afirmou.
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Ele acrescentou que, sem a medida, quase todo o orçamento do governo ficará comprometido com a Previdência e o pagamento de servidores. "É fundamental que se faça a reforma da Previdência agora", complementou Temer, em discurso na abertura do Congresso da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), entidade que representa as concessionárias de automóveis, na capital paulista.
Antes de Temer, tanto o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, quanto o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, já tinham manifestado apoio às mudanças nas regras de aposentadoria, também defendidas nos discursos dos representantes do setor automotivo que participaram da solenidade.
"Reformar a Previdência hoje é prever o futuro", frisou Temer.
O presidente também incluiu a simplificação do sistema tributário e a reforma política no bojo das reformas consideradas como fundamentais de um governo que, segundo ele, está "reformulando" o Brasil. Também ressaltou a necessidade de se apoiar a iniciativa privada, de onde saem os empregos e os investimentos.
"O combate ao desemprego se dá pelo incentivo da atividade privada. Uma das nossas tarefas é mudar a cultura no Brasil. Muita gente critica o desemprego mas combate a produção", comentou Temer. Segundo ele, o Estado não consegue prosperar sem transferir várias atividades ao setor privado. "Temos prestigiado a iniciativa privada."
Temer citou no discurso a dificuldade enfrentada no início de seu governo na tramitação da proposta de emenda constitucional, aprovada pelo Congresso, que estabeleceu um teto aos gastos públicos, chamada de "PEC da morte" pela oposição. Ele destacou que o orçamento deste ano, feito sob a nova regra, ampliou os investimentos em saúde e educação, ao contrário do que diziam os opositores.
Também em resposta à oposição, Temer rebateu criticas à falta de debate na tramitação da reforma trabalhista - feita, conforme o presidente, após diálogo com empresários e trabalhadores -, assim como afirmou que a reforma do ensino médio é aprovada por 95% dos setores educacionais.