Antes que o Alzheimer comprometa de vez a memória da avó, um universitário de São Paulo resolveu tatuar a carta que recebeu dela, ao ser admitido na Faculdade Casper Líbero, nas costas.O texto - no qual Leonardo Martins, de 19 anos, explica a homenagem - foi publicado na noite desta segunda-feira (7) e tem mais de 164 mil curtidas e 72 mil compartilhamentos. "Tudo terminava em 'tô meio esquecida hoje'", conta, em trecho do relato.
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"'O Alzheimer degrada a pessoa, vocês sabem. As coisas têm que estar sempre no mesmo lugar. Deixa ela fazer o que ela quiser. A doença pode vir rápida ou devagar. Depende. Mas, não há o que fazer, aproveite'. Foi isso que a Dra Alzira disse", compartilhou o estudante de jornalismo, informando que é justamente isso o que a família está fazendo.
Leonardo Martins desabafou, no entanto, que a ideia da tatuagem surgiu porque odeia quando "as pessoas estabelecem validade às coisas". Para evitar que isto fosse feito com a avó, o jovem eternizou, na própria pele, a carta recebida no ano passado.
"Rezo para que esse mal não te abrace com ânsias, vó", finaliza o universitário."Tudo o que precisamos está bem pertinho de nós. Tão pertinho que eu consigo até sentir o toque da pele fina da sua mão no meu rosto só de fechar os olhos. Que gostoso o seu abraço, vó. Nem consigo mais lembrar o que queria dizer com isso tudo. Pra você ver, acho que eu que tô meio esquecido hoje!". Além da carta, o jovem também publicou, nas redes sociais, um vídeo com a reação da avó ao ver a tatuagem.