Desde sábado, Acre tem quase 70 presos por atos violentos

Os órgãos de segurança pública atribuem à ação de facções criminosas a ocorrência de atos como tentativas de homicídio e incêndios a ônibus

© Jorge Silva/Reuters

Justiça crime 10/08/17 POR Folhapress

Desde o último sábado (5), 69 pessoas foram presas no Acre por suspeita de participação em atos violentos no Estado, em represália à instalação de bloqueadores de celular nos presídios locais. Os órgãos de segurança pública atribuem à ação de facções criminosas a ocorrência de atos como tentativas de homicídio e incêndios a ônibus.

PUB

Além das detenções, o operativo formado por forças de segurança estadual e municipais, Corpo de Bombeiros e Exército apreendeu diversos materiais, como armas de fogo, equipamentos eletrônicos, veículos e entorpecentes, segundo informações do Sistema Integrado de Segurança Pública (SISP) do Estado. As informações são da Agência Brasil.

Embora o número de atos tenha diminuído nos últimos dias, afastando o clima de tensão que dominou o fim de semana e chegou a prejudicar o transporte público, instituições do Acre compreenderam que a situação exige a adoção de medidas preventivas para enfrentar os problemas no campo da segurança pública.

Para discuti-las, representantes do Ministério Público Estadual, das polícias Civil e Militar, da prefeitura e do governo do Estado reuniram-se hoje, na sede do Tribunal de Justiça, informou a presidente da Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil - Seccional Acre (OAB/AC), Isabela Fernandes.

+ PRF prende suspeitos de roubo de carga no norte fluminense

"A polícia já está fazendo o policiamento ostensivo, mas temos que propor medidas de médio prazo, com foco na conscientização, porque não adianta só coibir a violência", disse Isabela, que destacou a necessidade de capacitação e melhoria das condições de trabalho dos agentes públicos que atuam na garantia da segurança, bem como de políticas voltadas à educação e à profissionalização da população, a fim de que não seja envolvida em redes ilegais.

Segundo a advogada, visitas que a OAB têm feito aos presídios mostram o crescimento do número de prisões, inclusive de mulheres, associadas ao tráfico de drogas.

Nesses presídios, conforme diagnosticou o Conselho Nacional de Justiça, por meio de vistoria realizada em maio deste ano, é forte a atuação de grupos como Comando Vermelho e PCC.

Como reflexo disso, para além das paredes do sistema prisional, diz a advogada, muitas mortes registradas nos últimos anos, tanto na capital quanto no interior, estão associadas às disputas entre esses grupos.

Para mudar tal quadro, Isabela Fernandes diz que é preciso atuar contra as facções e ampliar a fiscalização das fronteiras do estado, que está ladeado por Peru e Bolívia, por onde podem entrar drogas e armas.

PARTILHE ESTA NOTÍCIA

RECOMENDADOS

politica Polícia Federal Há 13 Horas

Bolsonaro pode ser preso por plano de golpe? Entenda

fama Harry e Meghan Markle Há 5 Horas

Harry e Meghan Markle deram início ao divórcio? O que se sabe até agora

fama MAIDÊ-MAHL Há 14 Horas

Polícia encerra inquérito sobre Maidê Mahl; atriz continua internada

justica Itaúna Há 13 Horas

Homem branco oferece R$ 10 para agredir homem negro com cintadas em MG

economia Carrefour Há 11 Horas

Se não serve ao francês, não vai servir aos brasileiros, diz Fávaro, sobre decisão do Carrefour

esporte Indefinição Há 13 Horas

Qual será o próximo destino de Neymar?

brasil São Paulo Há 14 Horas

Menina de 6 anos é atropelada e arrastada por carro em SP; condutor fugiu

economia LEILÃO-RECEITA Há 11 Horas

Leilão da Receita tem iPhones 14 Pro Max por R$ 800 e lote com R$ 2 milhões em relógios

fama Documentário Há 5 Horas

Diagnosticado com demência, filme conta a história Maurício Kubrusly

fama LUAN-SANTANA Há 14 Horas

Luan Santana e Jade Magalhães revelam nome da filha e planejam casamento