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O ex-governador de Mato Grosso, Silval Barbosa (PMDB), revelou em sua delação premiada que o também ex-governador e atual ministro da Agricultura, Blairo Maggi (PP), participou de um esquema de corrupção no Estado.
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Quando Maggi governava Mato Grosso, Barbosa era o vice, de 2003 a 2010. Até que em 2011 Maggi foi escolhido para assumir o Ministério da Agricultura.
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Segundo Barbosa, o ministro fez pagamento ao ex-secretário de Fazenda de Mato Grosso Eder Moraes, para que ele mudasse um depoimento a fim de inocentar Blairo.
A delação foi homologada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) na última quarta-feira (9).
Em nota por meio de sua assessoria enviada ao "G1", o ministro garantiu que nunca agiu ou autorizou ninguém a agir de forma ilícita ou para obstruir a justiça. Além de afirmar que não fez nem autorizou pagamentos a Eder Moraes.
Blairo lamentou ataques à sua reputação e disse que está com a consciência tranquila.
Leia a íntegra da nota:
"Deixo claro, desde já, que causa estranheza e indignação que acordos de colaboração unilaterais, coloquem em dúvida a credibilidade e a imagem de figuras públicas que tenham exercido com retidão, cargos na administração pública. Mesmo assim, diante dos questionamentos, vimos a público prestar os seguintes esclarecimentos:
Nunca houve ação, minha ou por mim autorizada, para agir de forma ilícita dentro das ações de Governo ou para obstruir a justiça. Jamais vou aceitar qualquer ação para que haja "mudanças de versões" em depoimentos de investigados. Tenho total interesse na apuração da verdade. Qualquer afirmação contrária a isso é mentirosa, leviana e criminosa.
Também não houve pagamentos feitos ou autorizados por mim, ao então secretário Eder Moraes, para acobertar qualquer ato. Por não ter ocorrido isto, Silva Barbosa mentiu ao afirmar que fiz tais pagamentos em dinheiro ao Eder Moraes.
Jamais utilizei de meios ilícitos na minha vida pública ou nas minhas empresas.
Sempre respeitei o papel constitucional das Instituições e como governador, pautei a relação harmônica entre os poderes sobre os pilares do respeito à coisa pública e à ética institucional.
Por fim, entendo ser lamentável os ataques a minha reputação, mas estou com a consciência tranquila quanto às minhas ações e assim que tiver acesso ao teor da possível delação, usarei de todos os meios legais necessários para me defender, pois definitivamente acredito na Justiça. O momento exige serenidade e responsabilidade.
Blairo Maggi"