© São Paulo FC 
Os mais de 56 mil torcedores que foram ao Morumbi na manhã deste domingo (13) assistiram a um misto de emoções.
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Em uma partida de duas viradas no placar e atuações que venderam de vaias a aplausos, o São Paulo venceu o Cruzeiro por 3 a 2 e deu importante passo na caminhada pela permanência na série A do Campeonato Brasileiro.
Nem mesmo o público recorde do campeonato, o início à frente no placar e o duelo contra uma equipe mista fizeram com que o time da casa tivesse facilidade na partida. O técnico Mano Menezes poupou boa parte da equipe titular em razão das semifinais da Copa do Brasil, mas pressionou o São Paulo até o fim.
O apoio manifestado com a calorosa recepção -embora não isenta de cobrança- não conseguiu provocar minutos iniciais de domínio são paulino. Na primeira etapa, o Cruzeiro foi melhor que o adversário durante a maior parte do tempo, controlando e criando boas jogadas.
O visitante poderia até ter se saído melhor, não fosse um pênalti perdido por Sassá aos 11 min, após falta de Renan Ribeiro no atacante. Na cobrança, o cruzeirense não aproveitou a escolha equivocada do goleiro na hora do salto e chutou a bola na trave.
A torcida do Cruzeiro teria ainda outro motivo para cobrar Sassá -situação que se inverteria até o fim dos 90 minutos. Aos 32 min, após a zaga são paulina tirar um lançamento dentro da área, o meia Robinho chutou o rebote com força em direção ao gol, mas a bola bateu no companheiro e foi para a linha de fundo.
A melhor chance de uma etapa morna para o São Paulo foi de Lucas Pratto, que cabeceou com perigo para o gol do Cruzeiro aos 26 min. Minutos depois, a torcida gritava pelo nome de Jucilei, que havia ficado no banco por escolha de Dorival. "Sai por opção. É uma troca técnica, espero que dê certo", declarou antes do início da partida.
Se essa mudança tática era esperada para melhor, outra pareceu não ter dado tão certo. Tanto que, aos 31 min, o técnico pediu para Rodrigo Caio que invertesse de função com Éder Militão, que daria lugar a Jucilei no intervalo, para assumir o papel de primeiro volante.
No último lance do primeiro tempo, entretanto, Hernanes foi responsável por evitar a equipe de ir para o vestiário no intervalo sob vaias da torcida. Aos 46 min, Ezequiel fez falta em Marcos Guilherme na entrada da área e o volante são paulino se dispôs a cobrar. Bola no ângulo direito de Rafael e muita festa no Morumbi.
Já no começo do segundo tempo, o São Paulo pareceu mais inspirado. Logo aos 2 min, Petros deu um presente para Marcinho, que recebeu a bola na frente do marcador, mas chutou por cima do goleiro Rafael.
Mas o Cruzeiro estava disposto a não deixar o time da casa embalar com a confiança conquistada pelo gol. E veio dos pés de Sassá, que havia perdido pênalti, a reação celeste. Três minutos depois, o atacante acertou um voleio dentro da área, após Digão e Arboleda disputarem a bola pelo alto, e igualou o placar.
A virada cruzeirense veio aos 11 min, com falha de marcação do São Paulo e erro individual de Rodrigo Caio. Sassá roubou a bola do zagueiro na entrada da área e chutou para o fundo das redes.
Aos 20 min, Dorival fez mudanças táticas para tentar buscar a vitória. Sacou Petros e Buffarini por dois atacantes, Denilson e Gilberto. Com as substituições e cinco atacantes em campo, Marcinho foi deslocado para a lateral direita.
As jogadas seguintes foram um misto de emoções. Aos 24 min, o Cruzeiro quase marcou novamente, mas no minuto seguinte foi a vez do São Paulo mudar o placar, quando novas vaias começaram a ser ensaiadas. Hernanes cobrou escanteio e Arboleda subiu mais que Hudson para cabecear no canto direito de Rafael.
Aos 34 min, Pratto invadiu a área cruzeirense, trombou com Ezequiel e caiu. O árbitro marcou pênalti. Hernanes, o nome do jogo, cobrou, marcou e decretou a virada final.
As constantes invertidas no placar deixaram o jogo quente até o fim. O Cruzeiro não abandonou a ideia de sair de mãos abanando da capital paulista e deu sufoco para o São Paulo quando quase marcou outras vezes. O time da casa, por sua vez, teve Lucas Pratto expulso nos acréscimos. A equipe celeste perdeu Digão aos 52 min.
No fim, a festa do dia dos pais ficou para a torcida são paulina, que presenciou um grande jogo. O São Paulo terá que torcer para o arquirrival Corinthians vencer a Chapecoense, em jogo adiado para o dia 23 de agosto, para respirar melhor na briga contra o rebaixamento.
A equipe do Morumbi tem um importante duelo na próxima rodada, no sábado (20), quando enfrenta outro concorrente pela permanência na série A, o Avaí, na Ressacada. O Cruzeiro enfrenta o Sport, no Mineirão.
SÃO PAULO: Renan Ribeiro, Buffarini (Denilson), Arboleda, Rodrigo Caio e Edimar; Militão (Jucilei); Marcinho, Petros (Gilberto), Hernanes e Marcos Guilherme; Pratto.
Técnico: Dorival Júnior.
CRUZEIRO: Rafael, Ezequiel (Rafinha), Digão, Léo e Bryan; Nonoca (Thiago Neves), Hudson (Henrique) e Robinho; Alisson, Rafael Sobis e Sassá.
Técnico: Mano Menezes.Árbitro: Rafael Traci (PR)
Assistentes: Ivan Carlos Bohn e Pedro Martinelli Christino (ambos do PR)
Público/Renda: 56.052/R$ 1.623.971,00
Cartões amarelos: Pratto (SAO); Digão, Léo, Ezequiel e Bryan (CRU)
Cartão vermelho: Pratto (SAO); Digão (CRU)
Gols: Hernanes, aos 47 minutos do primeiro tempo e aos 37 minutos do segundo tempo (SAO), e Arboleda, aos 26 minutos do segundo tempo (SAO); Sassá, aos cinco e aos 11 minutos do 2º tempo (CRU). Com informações da Folhapress.