© Paulo Whitaker / Reuters
A expectativa é de que, pelo menos até o dia 17 de setembro, quando termina o seu mandato à frente da Procuradoria-Geral da República (PGR), Rodrigo Janot apresente uma segunda denúncia contra o presidente Michel Temer, dessa vez por obstrução da Justiça.
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Para embasar o processo, segundo informações da coluna Expresso, da Época, o procurador-geral deve usar a ação controlada da Polícia Federal, que flagrou a entrega de dinheiro a Roberta Funaro, irmã do operador financeiro Lúcio Funaro.
Os R$ 400 mil foram entregues pelo também operador Ricardo Saud, da holding J&F, pertencente à família Batista e que controla a JBS.
Para os investigadores, o repasse do dinheiro teve o aval de Temer e tinha o objetivo de comprar o silêncio de Funaro, apontado pelos delatores da JBS como sendo o operador financeiro do PMDB da Câmara, além de ter atuado ao lado do ex-deputado Eduardo Cunha.
Funaro está preso desde julho de 2016 e negocia acordo de delação premiada com o Ministério Público Federal. Na última sexta-feira (11), ele voltou ao Complexo Penitenciário da Papuda, depois de passar pouco mais de um mês na sede da Polícia Federal (PF), em Brasília, preparando os anexos de sua delação, bem como para prestar esclarecimentos no âmbito das operações Sépsis e Cui Bono?.