© REUTERS / Denis Balibouse
Em cerimônia realizada na sede da ONU (Organização das Nações Unidas), em Genebra, na Suíça, Neymar tornou-se nesta terça-feira embaixador da ONG Handicap International e aproveitou para combater o racismo. A Handicap International cuida de deficientes e trabalha com pessoas em situações de pobreza e exclusão, conflitos e desastres.
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Ao comentar as recentes manifestações de supremacistas brancos nos Estados Unidos, o craque criticou o racismo. "É um tema problemático há muitos anos. Acontece no futebol, mas está ocorrendo menos, as pessoas estão mudando, o mundo está mudando. Somos todos iguais, não importa a cor. Deus nos criou iguais", disse.
Neymar, inclusive, utilizou a sua família como exemplo. O seu pai é negro, a mãe é branca e o seu filho é loiro. "Se os pais passarem informações corretas para os filhos, não ocorrerão esses problemas", afirmou.
O craque posou para fotos e subiu em cima do monumento Broken Chair, obra do artista suíço Daniel Berset, construído pela Handicap International em frente à sede das Nações Unidas como apelo à proibição de minas terrestres. O atacante estava acompanhado do pai, Neymar da Silva Santos, e da mãe, Nadine. Vestia uma camiseta com os dizeres "Réparer les vies" (Reparação de vidas, em tradução literal).
O próximo passo da parceira entre Neymar e a Handicap International será uma visita do brasileiro a locais onde são desenvolvidos projetos da organização. Ainda não está definido qual será exatamente o papel de Neymar como embaixador da Handicap International. "Ainda vamos conversar, mas sei o que a minha imagem é capaz", disse.
O atacante do Paris Saint-Germain aproveitou para apresentar na ONU o Instituto Projeto Neymar Jr, entidade que ele mantém no Jardim Glória, na cidade de Praia Grande, e atende 2.400 crianças e adolescentes de 7 a 17 anos. "O maior gol que fiz na vida foi criar o Instituto Neymar Jr. Tenho uma alegria enorme em ver os sorrisos das crianças quando vou para o Brasil", disse.
O craque ainda mandou uma mensagem aos jovens. "Que sejam felizes, desfrutem a vida, amem os pais, filhos e amigos e aproveitem todos os momentos. Busquem a felicidade nos esportes e nos estudos". E citou o exemplo dos africanos. "Estive na África, vi a forma como o povo africano é, a felicidade e os sorrisos. Há muita pobreza, mas podemos ajudar sempre, mesmo sem dinheiro, mas com um abraço, que pode valer muito mais que dinheiro", ressaltou.
Neymar esteve presente no evento em Genebra depois de ter estreado com a camisa do Paris Saint-Germain no último domingo, quando marcou um gol e deu uma assistência na vitória por 3 a 0 sobre o Guingamp, fora de casa, pelo Campeonato Francês. Antes disso, o ex-atacante do Barcelona chegou ao seu novo clube como a contratação mais cara da história do futebol mundial. Com informações do Estadão Conteúdo.