© Marcos Corrêa/PR
O presidente Michel Temer iniciará a partir desta semana uma ofensiva sobre líderes religiosos, que exercem influência sobre parcela da população, na tentativa de recuperar popularidade e conseguir apoio à reforma previdenciária.
PUB
O esforço terá início na quinta-feira (17), quando o peemedebista visitará a Expo Cristã e participará de café da manhã com representantes de denominações evangélicas de grande, médio e pequeno portes.
O encontro reservado, na capital paulista, terá as participações de líderes das Assembleias de Deus, Renascer, Mundial, Fonte da Vida, entre outras. Na reunião, o presidente pedirá apoio às mudanças na aposentadoria e às medidas econômicas.
A maior parte das denominações neopentecostais defende a reforma previdenciária, mas há resistência sobre as novas regras serem válidas para as aposentadorias atuais.
Além dos evangélicos, o presidente ampliará o esforço aos católicos e judeus. O presidente pretende se reunir até o início de setembro com representantes da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil).
A entidade religiosa se posicionou em abril contra as mudanças nas aposentadorias, alegando que ela "escolhe o caminho da exclusão social".O presidente quer convencer a CNBB que, com as mudanças feitas pelo relator da proposta, as classes menos favorecidas terão tratamento especial, principalmente em relação à aposentadoria rural e ao benefício de prestação continuada.
MERCADO FINANCEIRO
Temer pretende reconquistar o apoio junto ao mercado financeiro e melhorar os seus índices de popularidade enquanto uma nova denúncia contra ele não é apresentada pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot.
A última pesquisa Ibope, de julho, mostrou que apenas 5% da população considera o governo ótimo ou bom.
Nas últimas semanas, ele retomou a agenda de viagens pelo país e encontros reservados com empresários e investidores para vender a imagem de que ainda tem força política para cumprir a promessa de recuperar a economia.
Nas palavras de um assessor presidencial, a ideia é reforçar que o peemedebista deixou de ser um "reformista" para se transformar no "presidente da travessia" e que entregará o país com taxas de crescimento a seu sucessor em 2018. Com informações da Folhapress.