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A primeira-ministra britânica, Theresa May, afirmou que o Brexit não fará com que o Reino Unido ponha fim à relação "especial e única" que mantém com a Irlanda, em uma mensagem publicada nesta quarta-feira (16) no jornal irlandês Irish News. A informação é da Agência EFE.
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Em recado dirigido à comunidade nacionalista que vive na Irlanda do Norte, a chefe do Executivo insiste em que os direitos contidos no Acordo de Belfast, como o de poder reclamar a cidadania irlandesa, serão protegidos quando a saída do Reino Unido da União Europeia (UE), previsivelmente em 2019, for concretizada.
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"Ninguém votou para acabar com os laços especiais entre o Reino Unido e a Irlanda ou para minar os acordos únicos entre a Irlanda e a Irlanda do Norte, que sustentam o processo de paz e estão em vigor muito antes da nossa pertinência à UE", afirmou ela, na mensagem ao jornal, que tem principalmente como leitores os nacionalistas.
A política ainda considerou que "não deve haver fronteira física de qualquer tipo em qualquer lado da fronteira entre a Irlanda do Norte e a Irlanda".
"Eu quero que as pessoas tenham isso absolutamente claro: o Reino Unido não quer ver postos de fronteira com propósito algum", enfatizou.
As palavras da dirigente conservadora são publicadas no mesmo dia em que o governo britânico publicará um documento oficial em que dará detalhes sobre a postura perante a questão das fronteiras com a Irlanda, um dos temas que mais preocupam. No documento que o Executivo de Londres publicará hoje, o governo indicará, segundo antecipa a imprensa, que quer evitar voltar aos duros "controles de fronteira do passado" entre a República da Irlanda e a região britânica da Irlanda do Norte.
Frente a terceira rodada de negociações com a União Europeia (UE), que começará no próximo dia 28, o Executivo está esmiuçando como abordará com Bruxelas assuntos importantes no processo de diálogo.
Ontem, o governo publicou um primeiro documento oficial em que revelou a intenção de alcançar um pacto com Bruxelas para estender temporalmente a união aduaneira - um ou dois anos - uma vez consumada a saída do bloco. Com informações da Agência Brasil.