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A agência de risco S&P avaliou que a revisão da meta fiscal é uma forma de o governo tentar demonstrar comprometimento com a situação fiscal do país.
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Na terça-feira (15), o governo de Michel Temer anunciou aumento de R$ 20 bilhões nos rombo das contas públicas. A meta fiscal para 2017 e 2018 é de R$ 159 bilhões.
No entanto, Lisa Schineller, diretora-executiva de rating soberano da S&P, explica que, para evitar um rebaixamento da nota de crédito, o governo terá que mostrar capacidade de mobilizar o Congresso em torno da reforma da Previdência.
A Folha de S. Paulo informa que a agência S&P decidiu retirar a nota do país de observação negativa —em que a probabilidade de de rebaixamento era de 50%. A nota agora está sob perspectiva negativa, o que na nomenclatura da agência significa que um novo rebaixamento é menos premente.
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No entanto, a agência acredita que há um cenário político mais estável e indícios de o governo de Michel Temer mantém apoio no Congresso, após a aprovação da reforma trabalhista e a sobrevivênca à denúncia por corrupção passiva.
A S&P estabeleceu de seis a nove meses para reavaliar a perspectiva para a nota. As chances são de uma em três de haver um rebaixamento. "Nós olharemos os próximos seis meses do ano particularmente para ver se há ou não avanços no Congresso", disse Lisa Schineller.
Na quarta-feira (16), a coluna Painel, da Folha, noticiou que Meirelles havia pedido prazo de três meses para reavaliar a nota brasileira. A diretora explica que a S&P dialoga com frequência com o governo. "Mas nossa decisão é baseada em critérios e nossa leitura da dinâmica de eventos", diz.