© REUTERS/Giselle Loots 
O grupo jihadista Estado Islâmico reivindicou a autoria do atentado que matou 13 pessoas e deixou pelo menos 50 feridos em nesta quarta-feira (17) em Barcelona, na Espanha.
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De acordo com o ministério das Relações Exteriores, não há registro de vítimas brasileiras no atentado.
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Após simpatizantes do grupo terem comemorado o ataque nas redes sociais, o EI usou sua agência oficial de propaganda, a "Amaq", para assumir a responsabilidade pela ação na capital da Catalunha.
A reivindicação foi reproduzida no Twitter pelo SITE Intelligence Group, portal que monitora a atividade de extremistas na internet. Segundo a reivindicação, os autores do atentado são "soldados do Estado Islâmico".
Esse termo pode indicar que o atentado não foi planejado pela cúpula do EI, mas sim por simpatizantes da milícia jihadista na Europa. O ataque teria sido cometido por três homens, mas apenas um deles foi identificado: Driss Oukabir, homem originário do Magreb, região islâmica do noroeste da África e que engloba países como Marrocos, Argélia, Mali e Tunísia.
Oukabir foi preso em Manlleu, cidade situada a 80 quilômetros de Barcelona e a 10 quilômetros de Vic, município onde a van utilizada em sua fuga fora abandonada - ele mesmo teria alugado o veículo.
Nas redes sociais, o suspeito dizia ser de Marselha, metrópole do sul da França com uma significativa população originária do Magreb. Ele já tinha passagem pela Polícia na Espanha e, em 2012, cumprira pena por maus tratos na penitenciária de Figueres, também na Catalunha.
Em pronunciamento oficial, o presidente da comunidade autônoma, Carles Puigdemont, disse que dois homens já foram presos, mas a identidade do segundo não foi divulgada até o momento. Outro suspeito foi morto em um tiroteio com as forças de segurança em Sant Just Desvern, cidade dos arredores de Barcelona, de acordo com o jornal catalão "La Vanguardia".
Há cerca de duas semanas, simpatizantes do Estado Islâmico lançaram apelos nas redes sociais pedindo atentados na Espanha. De acordo com Rita Katz, diretora do SITE, os jihadistas cobraram "ataques iminentes" e a "reconquista" de Al-Andalus, nome dado à Península Ibérica no século 8, início de um período de domínio muçulmano na região que duraria quase 800 anos.
O uso de veículos pesados - como vans e caminhões - tem sido o método preferido de simpatizantes do EI para cometer atentados na Europa, como nos ataques de Nice, em julho de 2016, em Berlim, em dezembro do mesmo ano, e em Londres, em março e junho de 2017.
O atentado de Barcelona é o primeiro ato terrorista reivindicado pelo Estado Islâmico na Espanha. (ANSA)