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Uma multidão protestou em Hong Kong, neste domingo (20), contra a prisão de três líderes do movimento pró-democracia que mobilizou milhares de pessoas em 2014.
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Na quinta-feira (17), Joshua Wong, Nathan Law e Alex Chow receberam sentenças de seis, oito e sete meses de reclusão, respectivamente, por seus papéis na chamada "Revolução dos Guarda-Chuvas".
Neste domingo, manifestantes se reuniram em frente ao Tribunal de Apelação reivindicando a "libertação de todos os presos políticos". Para simpatizantes dos líderes, as condenações são prova do controle da China sobre Hong Kong.
"Desobediência civil, sem arrependimento", gritavam os manifestantes.O engenheiro William Cheung, 40, considera que a decisão do tribunal marca "o início do terror" em Hong Kong.
"Esses jovens são a nossa esperança para o futuro. Não devemos tratá-los assim", afirmou Jackson Wai, de cerca de 70 anos, com lágrimas nos olhos.
Para a estudante Anne Lee, 19, o governo "quer intimidar as pessoas para impedir que participem de ações de resistência".
"Querem nos assustar mais", disse Anne.
Em setembro de 2014, os três líderes escalaram cercas de metal para entrar na Civic Square, uma praça que fica em um complexo governamental. A ação desencadeou o grande movimento pró-democracia que, durante dois meses, paralisou bairros inteiros para reclamar a instauração de um sufrágio universal a Pequim, que não cedeu aos protestos. Durante manifestações, a polícia usou gás lacrimogêneo contra a multidão, que se protegeu com a ajuda de guarda-chuvas. Com informações da Folhapress.