Presos combinam roubo por WhatsApp em cadeia de MT: 'O crime não para'

A pauta principal das conversas entre os 48 participantes, que são detentos e ladrões, de quatro estados diferentes, é roubo de carros

© Pixabay

Justiça cuiabá 21/08/17 POR Notícias Ao Minuto

Um mercadinho e a utilização de celulares à vontade. O contexto até parece um ambiente comercial. No entanto, o cenário é dentro da Penitenciária Central de Mato Grosso, em Cuiabá, a maior do estado. O uso do WhatsApp é 'permitido'. Combinar crimes no aplicativo também parecer ser, com direito a um grupo batizado de "Marreta Progresso 157". O número refere-se a um artigo do "Código Penal" para roubo. A pauta principal das conversas entre os 48 participantes, que são detentos e ladrões, de quatro estados diferentes, é roubo de carros. As informações são do Fantástico, da TV Globo.

PUB

Um exemplo foi a sugestão de roubar uma ambulância para furar a blitz da Polícia Rodoviária Federal. "Se 'nois' roubar viatura do Samu, PRF nenhuma para", disse um dos participantes no grupo, que foi criado por Luciano Mariano da Silva, mais conhecido como Marreta. Ele foi condenado a 56 anos de prisão por tráfico e roubo e está na cadeia de Cuiabá. Marreta seria o controlador dos crimes praticados pela principal quadrilha do Rio de Janeiro.

+ PMs que perseguiam suspeito são agredidos na Cracolândia

"Nois tá roubando carro mais que concessionário vende. Não tá tendo lugar pra guardar, mano", debochou, por meio de áudio, um dos 37 ladrões que atuavam fora dos presídios. Um presidiário foi além e disse estar feliz por participar do grupo. "Maior satisfação tá aí com todos os irmãos junto nesse grupo lindo e maravilhoso", gravou. "Bora, gurizada, o crime não para, pô", disparou outro.

Atualmente, a penitenciária abriga 2.061 presos, mas só há espaço para 860. Mas e o acesso à internet e aos celulares? Questionada, a direção do local afirmou que as revistas são rotineiras e que estão investindo R$ 2,2 milhões na compra de equipamentos que fazem bloqueio imediato de celulares. Sobre o mercadinho que funciona no presídio, com direito a "freezer" com refrigerantes e até tênis novos, o estabelecimento não seria coordenado pelos presidiários. O Poder Judiciário entrará como parceiro para regulamentar a cantina.

Descoberta

Graças à infiltração de um policial, que conseguir entrar no grupo do WhatsApp, a quadrilha foi desarticulada e os 37 ladrões que atuavam fora dos presídios foram presos. Os detentos também serão autuados por outros crimes, além dos que já estão respondendo. O agente passou quatro meses investigando todos os delitos cometidos. Apesar de já saber dos roubos, o policial, que não foi identificado, queria identificar todos os envolvidos.

PARTILHE ESTA NOTÍCIA

RECOMENDADOS

justica Tragédia Há 20 Horas

Motorista de caminhão envolvido em acidente em MG se apresenta à polícia

mundo Estados Unidos Há 21 Horas

Mangione se declara inocente das acusações de homicídio e terrorismo

fama Hollywood Há 21 Horas

Justin Baldoni é dispensado por agência após Blake Lively acusá-lo de assédio em filme

fama Relacionamento Há 17 Horas

Ginasta Julia Soares e ator Igor Jansen assumem namoro: 'Mais linda'

fama Realeza britânica Há 20 Horas

Rei Chales III quebra tradição real com mensagem de Natal

politica Justiça Há 21 Horas

Foragidos do 8/1 se frustram com Milei e ficam na mira da polícia na Argentina

economia Bahia Há 20 Horas

Trabalhadores em condições análogas à escravidão são resgatados de fábrica da BYD

fama Saúde Há 21 Horas

Preta Gil está acordada e conversando, mas segue na UTI, diz boletim médico

fama Escândalo Há 14 Horas

Espero que a acusação possa ajudar outras vítimas de retaliação, diz Blake Lively

esporte Futebol Há 13 Horas

Libertadores 2025 confirma todos os times e potes após definição na Colômbia