© Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
O Democrátas (DEM), partido do presidente da Câmara, Rodrigo Maia, tem se aproveitado do atual momento político para discutir sua refundação, mudança de nome e renovação do programa partidário.
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Mas a expansão da bancada, que hoje conta com 30 nomes e é apenas a oitava maior da Casa - perde para PMDB (62), PT (58), bloco PP, PTdo (51), PSDB (46), PR (38), PSD (38) e PSB (36) - parece ser um dos principais objetivos.
A ideia é chegar em 2018 com 50 membros e se fortalecer como protagonista de "centro-esquerda".
A legenda, no entanto, tem um concorrente específico nessa briga: o PSDB. E o motivo são as eleições presidenciais do próximo ano. Muitos dos líderes da sigla defendem candidatura própria, a exemplo do prefeito de Salvador (BA), ACM Neto.
"É cedo para fulanizar, mas buscamos o perfil de quem possa vocalizar a nova política e mostrar uma gestão eficiente", afirma.
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Para tanto, dirigentes da sigla começaram a sondar, segundo informações da Folha de S. Paulo, políticos e personalidades, inclusive tucanos. Com o intuito de superar o descrédito político nacional, o DEM aposta no novo. Por isso mesmo já deixou claro que o prefeito de São Paulo, João Doria, é muito bem-vindo, caso não consiga emplacar sua candidatura pelo PSDB.
"Vamos buscar um perfil que possa expressar esse movimento de renovação na política brasileira", descreve o ministro da Educação, Mendonça Filho, sem citar Doria.
Embora nenhum dirigente aceite falar abertamente em nomes, fontes afirmam que o partido enviou sinais em direção ao apresentador Luciano Huck e ao ex-técnico de vôlei Bernardinho.
Ainda dentro dessas articulações, parte dos dirigentes democratas considera certo um desembarque do governo Michel Temer no primeiro semestre de 2018.
O presidente da sigla, Agripino Maia (RN), é mais cauteloso. "Queremos crescer em sintonia com a sociedade, a partir de uma formulação programática moderna. Uma candidatura é algo a se discutir no futuro".
A cúpula do DEM quer definir sua nova marca, acertar a filiação de atuais deputados e fechar um novo manifesto até o dia 10 de setembro. Em caso de novo batismo, os nomes favoritos são Mude e Frente Democrática.