EUA e Coreia do Sul iniciam exercícios militares

Coreia do Norte alerta que a atividade pode resultar em combate

© Reuters

Mundo testes 21/08/17 POR Folhapress

Após a Coreia do Norte afirmar que os exercícios propostos pelos Estados Unidos e Coreia do Sul podem resultar em "verdadeiros combates", forças norte-americanas e sul-coreanas iniciaram nesta segunda (21) as atividades militares.

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Os exercícios conjuntos são realizados todos os anos e, em grande parte, são baseados por simulações de computador. Apesar disso, Pyongyang considera que as manobras são provocações e um teste para invasão de seu território.

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O presidente sul-coreano, Moon Jae-in, disse que os exercícios são puramente defensivos e não almejam elevar a tensão na península coreana.

"Não existe intenção alguma de intensificar a tensão militar, já que estes exercícios são realizados anualmente e são de natureza defensiva", disse Moon. "A Coreia do Norte não deveria exagerar nossos esforços para manter a paz, nem deveria fazer provocações que agravariam a situação, usando [os exercícios] como desculpa".

Realizadas na Coreia do Sul, as manobras contam com milhares de soldados e vão até 31 de agosto. As simulações de computador são projetadas para preparar EUA e Coreia do Sul para uma guerra contra a Coreia do Norte, que é dotada de poderio nuclear.

Os EUA também as descrevem as atividades como de "natureza defensiva", um termo que a mídia estatal norte-coreana rejeitou por vê-lo como uma "máscara enganadora".

"É para nos preparar se algo grande ocorrer e precisarmos proteger a Coreia do Sul", disse o porta-voz dos militares norte-americanos, Michelle Thomas.

O progresso norte-coreano rápido no desenvolvimento de armas nucleares e mísseis capazes de atingir o território continental dos EUA alavancou a tensão entre os países. As sanções lideradas pela ONU (Organização das Nações Unidas) parecem não ter sido capazes de abalar o regime norte-coreano o suficiente para alterar seu comportamento.

Em julho, a Coreia do Norte realizou testes de mísseis intercontinentais. Dias depois, o presidente dos EUA, Donald Trump, disse que o país vai responder com "fogo e fúria" caso Pyongyang faça novas ameaças.

A China, maior aliada e parceira comercial de Pyongyang, exortou Washington e Seul a descartarem os exercícios, e a Rússia também pediu que as manobras não aconteçam, mas os EUA não recuaram.

A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês, Hua Chunying, disse que as duas Coreias e os EUA precisam se esforçar para amenizar a tensão. Com informações da Folhapress.

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