© NASA
A comoção era prevista e foi confirmada. O eclipse solar desta segunda-feira (21) foi o programa de maior audiência da história da Nasa, desde que ela começou a transmitir eventos ao vivo pela internet.
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Em meados da tarde, a transmissão oficial da agência espacial americana já havia atingido 4,4 milhões de pessoas e respondia por 87% de todo o tráfego de internet dos sites ligados ao governo americano.
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Até mesmo o presidente americano, Donald Trump, entrou na onda da observação do eclipse e foi flagrado observando o Sol –sem qualquer forma de proteção para a visão, apesar de todas as recomendações no sentido contrário exaustivamente divulgadas nos últimos dias.
Eclipses solares são fenômenos relativamente comuns e acontecem em média, em algum lugar do mundo, a cada dois anos. Às vezes, a frequência é menor.
Neste ano, já é o segundo. O fenômeno acontece quando a Lua, em sua órbita ao redor da Terra, passa à frente do Sol, projetando uma sombra sobre o planeta.
O que tornou o de hoje especial foi o fato de a faixa em que o eclipse é total cruzar o território dos EUA de oeste a leste. Com isso, muitas regiões habitadas foram agraciadas pela oportunidade de ver o fenômeno.
O evento também teve uma intensa bateria de observações. Aviões e mais de 50 balões estratosféricos foram lançados.
Um deles, ligado ao Projeto Kuaray, da Universidade de Brasília e do Clube de Astronomia de Brasília, filmou o eclipse em 360 graus.
Tratou-se também de importante ocasião para estudar a coroa solar –a atmosfera estendida de nossa estrela, ainda pouco compreendida e de difícil observação da Terra, salvo quando há um eclipse.
NA TERRA E NO CÉU
E até mesmo da Estação Espacial Internacional, numa órbita a 400 km de altitude, o eclipse foi observado e registrado. Lá, de um ponto de vista privilegiado, os astronautas viram com clareza a sombra da Lua avançando sobre a Terra.
No Brasil, o fenômeno foi visível apenas de forma parcial, nas regiões Norte e Nordeste, e foi acompanhado por centenas de pessoas reunidas em pontos de encontro de observação nas principais capitais.
Quem perdeu, não precisará esperar muito para ver um novo eclipse total do Sol. O próximo acontece no dia 2 de julho de 2019, e a faixa da totalidade vai cruzar Chile e Argentina. No sul do Brasil o fenômeno será parcial.
Nos EUA, o próximo eclipse total acontecerá em 2023 (na verdade, será anular, em que ainda resta um anel do Sol exposto). Nessa mesma ocasião, a faixa da fase anular cruzará o Norte e o Nordeste do Brasil. Com informações da Folhapress.